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Ucrânia: Trinta angolanos chegam a Luanda “provenientes da Polónia” em voo de repatriamento

Trinta angolanos chegaram, nas primeiras horas desta segunda-feira, a Luanda, provenientes da Polónia, em voo de repatriamento organizado pelo Governo angolano.

Trata-se, na sua maioria, de estudantes que deixaram a Ucrânia devido à ofensiva russa naquele país.

No Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, “os repatriados  foram recebidos pelo ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Furtado, entre outras individualidades”.

Ainda no quadro da efectivação do plano de contingência de evacuação dos cidadãos angolanos, que se refugiaram na Polónia saídos da Ucrânia, “o Governo de Angola criou condições de recepção de todos os nacionais atingidos pelo conflito”.

Até sábado (5) haviam chegado a Varsóvia 277 cidadãos angolanos, refere uma nota do Ministério angolano das Relações Exteriores (Mirex), divulgada domingo, em Luanda.

O documento adianta que na sequência, “o Executivo angolano mobilizou um meio aéreo, um Boeing Triple Seven, para trazer para Angola a totalidade dos referidos cidadãos, incluindo os cônjuges nacionais e estrangeiros”.

Dos 277 cidadãos acolhidos em Varsóvia, prossegue a nota do Mirex, apenas trinta (30) aceitaram embarcar para Angola, tendo os restantes decidido permanecer em solo polaco por sua conta e risco, o que exonera o Estado angolano de responsabilidades sobre estes cidadãos, excepto apoio consular possível.

No âmbito da vocação pan-africanista da República de Angola, o Governo aceitou transportar no mesmo avião cidadãos de outros países do nosso continente.

Criadas condições para acomodar compatriotas

Presente no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, disse estarem criadas as condições para acomodar os compatriotas, que numa primeira fase, ficarão durante sete dias hospedados numa unidade hoteleira, em Luanda.

Explicou que durante este período vão ter apoio de vários especialistas como psicólogos, psiquiatras e nutricionistas.

Há nove anos na Ucrânia, Alírio Manteiga, formado em Medicina, afirmou que passaram dias difíceis para chegar à fronteira com a Polónia, tendo saúdado o Governo  angolano pelo que considerou “pronta e eficaz intervenção”.

Fénica Tomás, também estudante, agradeceu às autoridades angolanas pelo regresso ao país e fez um apelo às partes no sentido de um cessar fogo imediato, para bem de todos.

Segundo “a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), mais de um milhão e 500 pessoas deixaram a Ucrânia, desde o começo da invasão a 24 de Fevereiro, com destino a países fronteiriços, nomeadamente  Polónia, Roménia e Moldávia”.

A guerra na Ucrânia  já resultou na morte de pelo menos 500 pessoas.

 

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