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UE: Banco alemão “condenado” a multa por operação envolvendo cervejeira de Isabel dos Santos

O banco estatal alemão KfW-Ipex- Bank vai pagar uma multa de 150 mil euros por “violação negligente” da lei do país de branqueamento de capitais num caso envolvendo um banco angolano e a cervejeira angolana em que Isabel dos Santos tem grande participação.

Segundo o jornal alemão Suddeutche Zeitung, o banco, que existe para promover exportações alemãs, concedeu um empréstino ao Banco de Poupança e Crédito de Angola (BPC) de 50 milhões de euros que depois concedeu um empréstimo à cervejeira que era de propriedade parcial de Isabel dos Santos.

A construção de cervejeira foi autorizada por decreto do Presidente José Eduardo dos Santos, ao abrigo do qual foram concedidas isenções fiscais à cervejeira.

O empréstimo foi revelado em primeira mão no chamado “Luanda Leaks”, em que documentos relacionados com as operações financeiras do regime de Santos e sua família foram tonados públicos numa investigação de diversos orgãos de informação em vários países, incluindo o Suddeutche Zeitung

Após a publicação desses documentos, a procuradoria da cidade de Fraknfort iniciou uma investigação contra vários funcionários do banco alemão que foram contudo abandonadas.

Foi no entanto imposta uma multa ao banco porque “ não foi obtido por negligência o consentimento necessário de um nível hieárquico mais alto para a condução de actividades de negócio“, disse o jornal.

O banco confirmou a multa.

Isabel dos Santos negou no passado qualquer ilegalidade nesse processo, afirmando não ter qualquer conhecimento do empréstimo da KfW e sublinhou que a cervejeira em que está envolvida é independente do Estado angolano

A cervejeira de Isabel dos Santos fabrica a marca Luandina e a portuguesa Sagres.

Em Março foi noticiado que a cervejeira – Sociedade de Distribuição de Bebidas de Angola (Sodiba) – tinha evitado a falência com “receptividade dos bancos para reestruturar a dívida”, corte de despesas e a “quase anulação do plano de investimentos”, segundo disse na altura o presidente executivo da empresa, Luís Correia

Luís Correia tinha anteriormente afirmado que a Sodiba “é uma empresa com necessidade de investimento e onde a engenheira Isabel dos Santos injectou, ao longo dos últimos anos, biliões de Kwanzas para apoio aos défices de exploração, reforço de fundo de maneio e garantia de investimento”

A empresa foi arrestada pelas autoridades anglanas levando à crise que quase provocou a sua falência.

 

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