Sindicalistas angolanos consideram que os trabalhadores nunca viveram dias difíceis como agora e exigem uma mudança de postura do Executivo no país que, segundo aquelas organizações, regista trabalho escravo em pleno século 21. Governo diz que tudo estar a fazer, para dignificar cada vez mais o trabalhador angolano.
O Governo diz que tudo estar a fazer, para dignificar cada vez mais o trabalhador angolano.
A União Nacional dos Trabalhadores Angolanos (UNTA), uma das principais centrais sindicais, diz, segundo Almeida Pinto, que a situação actual “é paupérrima, em Angola o trabalhador não vive, sobrevive, a cesta básica é caríssima, a precariedade faz-se sentir a cada dia mais no trabalhador”.
Entretanto, a ministra da Administração Pública Trabalho e Segurança, Social Teresa Dias, disse no domingo, 1, que o Executivo está e vai continuar a promover iniciativas de fortalecimento do emprego no país, baseadas no aumento de postos de trabalho.
Numa nota sobre o Primeiro de Maio a governante refere que o Governo coloca sempre “a melhoria das condições de trabalho como ponto fulcral das suas concretizações”.
Almeida Pinto responde dizendo que essa afirmação não passa do papel, a prática é totalmente diferente.
“Aquilo que não se fez em cinco anos não se vai concretizar até Agosto, isto é uma utopia, engano, são discursos vazios sem sustentação na prática, nós lamentamos”, reiterou o sindicalista da UNTA.
Outra central sindical, a CGSILA, através do seu presidente, Francisco Jacinto, aponta que em pleno 21 ainda exista em Angola empresas a praticar trabalho escravo.
“Temos empresas em Angola sobretudo de asiáticos que praticam escravatura e os órgãos do Estado que deviam fiscalizar não o fazem porque grande parte destas empresas têm como sócios alguns angolanos que foram governantes e hoje estão refugiados no Parlamento”, afirma Jacinto, quem classifica a legislação trabalhista “assassina”.