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Waldemar Bastos vai a enterrar hoje

Luanda – O músico angolano Waldemar Bastos, falecido segunda-feira, vítima de doença, vai a enterrar na tarde desta quinta-feira, em Portugal.

Conforme uma publicação da família, feita na página oficial do artista (Facebook), o funeral será no Cemitério da Galiza, em Estoril.

O texto avança que esta cerimónia dentro do cemitério será limitada apenas à família.

Contudo, dá-se conta de que, entre as 18:00-20:00 de hoje, “haverá oportunidade de lhe prestar uma última homenagem junto da família e amigos, no Anfiteatro do Parque dos Poetas em Oeiras”, em acto aberta ao público.

Para tal, a família apela para respeito das medidas de prevenção e combate à Covid-19.

(Por dentro)

Waldemar dos Santos Alonso de Almeida Bastos, conhecido como Waldemar Bastos, nasceu em M’Banza Kongo, capital da província do Zaire, a 4 de Janeiro de 1954.

Começou a cantar em idade muito precoce, utilizando instrumentos do seu pai. Após a independência, em 1975, rumou para Portugal.

Foi um dos mais notáveis músicos da Angola independentemente, ao lado de nomes sonantes, como Barcelo de Carvalho Bonga, Elias Dya Kimuezu, Alberto Teta Lando, Ruy Mingas, André Mingas, Filipe Mukenga, entre outras vozes clássicas.

Em mais de 40 anos de carreira, foi distinguido com um Diploma de Membro Fundador da União dos Artistas e Compositores (UNAC-SA) e com Prémio Award, em 1999, pela World Music.

Dono de voz inconfundivel e composições de grande valor patriótico, trabalhou com vários artistas de renome no Mundo, entre as quais Chico Buarque, Dulce Pontes, David Byrne, Arto Lindsay e Ryuichi Sakamoto.

Nas suas várias andanças pelo Mundo, teve o privilégio de actuar com a Orquestra Gulbenkian, a London Symphony Orchestra e a Brazilian Symphony Orchestra, momentos que o artista chegou a considerar dos mais marcantes da carreira.

Amante dos Bee Gees e de Carlos Santana, recebeu, em 2018, o Prémio Nacional de Cultura e Artes, a mais nobre distinção cultural da República de Angola.

Em 2017, foi considerado Músico e Cantor Internacional do ano, no X Encontro de Escritores Moçambicanos na Diáspora, em Lisboa, ocasião em que foi elogiado por defender a democracia e os direitos humanos.

Discografia

1983: Estamos Juntos (EMI Records Ltd) 989: Angola Minha Namorada (EMI Portugal) 1992: Pitanga Madura (EMI Portugal) 1997: Pretaluz [blacklight] (Luaka Bop) 2004: Renascence (World Connection) 2008: Love Is Blindness (2008) 2012: Classics of my soul (2012).

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