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Zimbábue: Angola e Moçambique em “mega-operação” contra tráfico de medicamentos na África Austral

Angola, Moçambique e mais oito países da África Austral participaram numa operação da Interpol contra o tráfico ilícito de materiais de saúde e outros produtos na região que terminou na confiscação de bens no valor de 3,5 milhões de dólares. Interpol coordenou operação em 10 países da região que apreendeu milhares de produtos.

A Operação Afya 11 identificou 179 suspeitos que poderão ser detidos nos próximos dias, segundo revelou nesta terça-feira, 24, o portal DefenceWeb.

Mais de quatro mil inspecções foram realizadas em armazéns, depósitos, farmácias e outras instalações em áreas rurais, no âmbito de 300 investigações feitas em Angola, Moçambique, Botswana, Eswatini, Lesoto, Malawi, Namíbia, África do Sul, Tanzânia e Zimbabwe.

A operação teve por foco a interrupção da actividade criminosa e na remoção de produtos falsificados e medicamentos ilícitos potencialmente nocivos durante a pandemia.

Mais de 40 mil produtos medicamentosos ilícitos foram apreendidos.

Em nota, o Serviço Nacional de Investigação Criminal de Moçambique (SERNIC) disse que “a produção, distribuição e venda ilegal de medicamentos contribuem diariamente para a morte de milhares de pessoas em todo o mundo” e que “a participação das agências de aplicação da lei moçambicanas na Operação Afya II ajudou a aumentar o nível de sinergias no combate a grupos criminosos que lidam com crimes farmacêuticos e outros produtos nocivos, especialmente quando a região é afetada pela pandemia”.

Por seu lado, o director do escritório regional da Interpol em Harare, Nawa Mubita, afirmou que “o tráfico de bens ilícitos e produtos de saúde é um crime grave que ameaça os consumidores e precisa ser combatido em âmbito regional e mundial”.

“A Operação Afya II destacou como os grupos de crime organizado expandiram as actividades ilegais além das fronteiras e entre regiões, aproveitando a tecnologia para gerar lucros significativos”, concluiu Mubita.

Entre as muitas apreensões, mais de 32 mil produtos farmacêuticos ilícitos foram interceptados em Moçambique, incluindo analgésicos, antibióticos, sedativos, suplementos dietéticos, medicamentos antifúngicos e verificadores de ovulação.

 

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