No Kwanza Norte, a manifestação do PRA-JA Servir Angola, agendada para este sábado (21/11), na cidade de Ndalatando, foi cancelada à última da hora por alegada não autorização do Governo local.
Em Ndalatando, as ruas que fariam parte do itinerário da marcha, estiveram sob forte segurança policial neste sábado (21.11). Vários efetivos fardados e à paisana também estavam no local, em constantes movimentações.
A cidade de Ndalatando, que despertou com mau tempo, esteve sob estado de sítio, informaram fontes no local, para desmobilizar os apoiantes que pretendiam participar da marcha de repúdio ao tribunal constitucional angolano, que sucessivamente tem rejeitado a legalização da nova força política de Abel Chivucuvuco, PRA-JA Servir Angola.
Hélder Pedro, um jovem de Ndalatando que esteve nas redondezas do Largo Rainha Njinga Mbandi, disse à DW África que estava no local da concentração da marcha desde às 8 horas, mas agentes da Polícia Nacional sob vigilância do local intimidavam as pessoas que ali circulavam.
Samuel Boco, outro morador do bairro da Kipata, em Ndalatando, informa que quando caminhava para o seu local de serviço também foi interpelado na manhã deste sábado (21.11) por um policial, precisamente, no Largo do cemitério da Kipata.
Segundo o jovem relata, a polícia perguntou-lhe onde ia, e ele respondeu-lhes que “ia ao trabalho”. “Mas, um outro efectivo, com cão polícia, disse que se os jovens saíssem às ruas da cidade para se manifestar, eles iriam bater mais”, afirma o jovem.
Entretanto, o coordenador provincial do Kwanza Norte, da comissão instaladora do PRA-JA Servir Angola, diz que trata-se de manobras dilatórias do Governo provincial do Kwanza Norte, que “está invocar as medidas excepcionais para conter a Covid-19”, entretanto, afirma que a manifestação é constitucional.