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Cafunfo: Comandante-Geral diz que “cidadãos assassinados pela Polícia pretendiam atentar contra o poder”

O comandante-geral da Polícia Nacional, Paulo de Almeida, considerou, neste domingo, “estável e tranquila” a segurança pública na vila mineira do Cafunfo, município do Cuango, província da Lunda Norte.

Em declarações à imprensa, no final da visita efectuada ao município do Cuango, para averiguar as circunstâncias da rebelião, na madrugada de sábado, de elementos do auto-denominado “Movimento Protectorado Lunda Tchokwe”, Paulo de Almeida garantiu que a vila de Cafunfo voltou à normalidade.

Disse que o número de mortes subiu de quatro para seis, estando um inspector-chefe da Policia Nacional em estado crítico, a receber assistência médica numa unidade sanitária do Cafunfo.

Segundo o comissário-geral Paulo de Almeida, alguns elementos do movimento estão identificados e a acção da Polícia Nacional vai continuar, para se encontrar os cabecilhas do atentado e tomar as medidas que se impõem, levando-os ao tribunal.

“Os elementos pretendiam atentar contra o poder instituído, vinham armados com armas de guerra, meios contundentes e outros materiais supersticiosos, para de certa forma, destronar o poder instituído, mas houve uma resposta pontual das nossas forças e, hoje, podemos afirmar que a situação está estável e tranquila, e a localidade de Cafunfo voltou a normalidade”, sublinhou.

O motim aconteceu quando manifestantes dessa organização sem estatuto legal, no quadro da legislação em vigor na República de Angola, se dirigiram à esquadra policial de Cafunfo para sua ocupação, na pretensão de aposição de uma bandeira do referido movimento.

Até ao momento, estão detidos 16 manifestantes, cujos processos-crime estão em preparação e serão remetidos ao Ministério Público.

Esta não é a primeira vez que o auto-denominado “Movimento Protectorado Lunda Tchokwe” pratica actos do género com recurso a armas de fogo.

Actos semelhantes ocorreram em 2017, 2018, 2019 e 2020, na referida vila mineira.

 

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