Os amontoados de lixo que se observa desde o mês passado um pouco por tudo quanto é canto nas ruas da capital, continua a gerar debates nos mais variados círculos da sociedade luandense.
O economista angolano Carlos Rosado de Carvalho entende que o problema tem a ver com a recolha, dada a ausência de políticas estratégicas traçadas pelo Executivo. Rosado de Carvalho falava num debate na Rádio MFM que abordou sobre a problemática do lixo em Luanda, tendo lembrado que as pessoas só depositam o lixo onde já existe os amontoados.
Os focos de lixo encontram-se sobretudo nas vias primárias e secundárias, paragens de táxi, mercados, passadeiras e interior de bairros, situação que está a causar indignação dos populares. Tendo em conta a situação de emergência que se requer, o governo de Luanda vai lançar novos concursos públicos para concessão do serviço público de limpeza, após suspender os contratos com operadoras do lixo por dívida de 246 mil milhões de kwanzas.
Segundo a governadora de Luanda, Joana Lina, o seu pelouro está a cumprir todos os procedimentos legais para o lançamento de concursos públicos com base num modelo aprovado, em Dezembro de 2018, pela comissão económica do Conselho de Ministros. Enquanto não é materializada a “Estratégia de Implementação do Modelo de Gestão dos Resíduos Sólidos”, sublinhou, está em curso, um plano emergência para a limpeza pública em Luanda.
Um regulamento de limpeza e recolha de resíduos sólidos urbanos, que deve regular a comparticipação dos cidadãos no financiamento do sistema de limpeza, uma filosofia de contratação directa das grandes superfícies comerciais e produtores de lixo não-doméstico constituem alguns dos eixos da estratégia.