A conferência Tripartida, decorreu nesta quarta-feira, 10 de Março em Luanda, cuja declaração conjunta dá conta que a anunciada revisão da Constituição, pelo presidente da República, João Lourenço, não constitui qualquer problema para os partidos da oposição angolana.
Em declarações à imprensa, o coordenador do projecto político, PRA-JA Servir Angola, Abel Epalanga Chivukuvuku, disse que a proposta de revisão da Constituição da República, não representa se não a confirmação do que já existia e/ ou a reposição do mesmo.
Com esta revisão, ou estão a confirmar o que já existia na constituição ou estão a repor o que eles haviam retirado. Porque são eles próprios que inventaram o problema ao estabelecerem o princípio do gradualismo.
Considerou ainda que o acto é um mero exercício cosmético e depoimento porque segundo este líder político, a referida revisão “de um verdadeiro golpe à oposição não tem nada”, aliás isto não é um assunto a ser discutido por esta altura para não desviar as atenções.
Para Abel Chivukuvuku, se houvesse coragem e patriotismo por parte do Governo, um assunto a ser discutir seria o Conselho do Estado, por entender que Angola te um Estado unitário e excessivamente centralizado.
Para além do sistema eleitoral, cuja observação recaiu para a retirada gradual do direito do eleitor, de escolher, o político acrescentou que, se o Governo tivesse coragem, patriotismo e vontade política colocaria em discussão a natureza do poder legislativo angolano, devido às suas inúmeras limitações, ” o resto é mero exercício cosmético”.
Os líderes da UNITA, Adalberto Costa Júnior, do Bloco Democrático, Justino Pinto de Andrade e do Projecto PRA-JA, Abel Epalanga Chivukuvuku reuniram-se pela segunda vez, numa iniciativa conjunta, esta quarta-feira, 10 de Março, em Luanda e prometem continuar unir esforços e criar estratégias para levar a cabo a concretização da ampla política.
Vale referir que a conferência de Imprensa Tripartida (UNITA, PRA-JA e BD) abordou, entre outros pontos, sobre a proposta de lei da revisão pontual da Constituição da República de Angola, uma iniciativa que por sinal não surpreendeu a oposição.