Vice-governador visitou zonas críticas e contacto com a Huíla está interrompido
Fortes chuvas na cidade do Lobito, na província angolana de Benguela, provocaram a morte a um menor de sete anos de idade e deixaram um rasto de destruição que limita a circulação de pessoas e bens, nesta sexta-feira, 26, duas semanas após o sexto aniversário da tragédia que causou mais de 80 mortos e centenas de desalojados.
Na primeira avaliação de cinco horas de chuva intensa, o Serviço de Protecção Civil e Bombeiros explica que a criança morreu em consequência do desabamento da casa onde vivia, uma de várias moradias que não resistiram.
Entretanto, fonte do Comando Provincial da Polícia Nacional fala em dois mortos.
Inúmeros bairros inundados, com pessoas “presas” a gritar por meios para a limpeza de passagens obstruídas, mostram as debilidades técnicas e infra-estruturais de um Lobito a viver de paliativos há vários anos.
Movidos pelos acontecimentos de 15 de Março de 2015, sectores da sociedade civil alertam para medidas urgentes, quando o Instituto Nacional de Meteorologia prevê chuva nos próximos tempos.
O vice-governador provincial para a área técnica e de infra-estruturas, Adilson Goncalves, visitou os pontos críticos, mas não se conhece ainda nenhuma posição das autoridades face à ocorrência.
Já no interior da província, as chuvas cortaram a ligação rodoviária entre Benguela e a Huila, uma vez que a passadeira alternativa (by pass) à ponte em construção cedeu na noite de quarta-feira.
Vários camionistas, nos dois sentidos, estão retidos com mercadorias diversas, enquanto a empresa Conduril procura repor a circulação.