spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Angola: Carta Aberta à “Comunidade Nacional e Internacional”

À
 
Comunidade Nacional e Internacional
Assunto: Que moral terá um cidadão escravizado?
 
É um assunto muito importante, espero que os agentes da Comunidade Nacional e Internacional levem em consideração e que haja princípios de proximidade, continuidade, gestão comum, simplicidade, igualdade ou equivalência e princípio da experiência, no que diz respeito às pessoas como diz o artigo 3º da Declaração Universal dos Direitos Humanos “Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”.
Meus ilustres,
Governo do João Manuel Gonçalves Lourenço, fez uma violação irreparável e inexplicável massacrando sanguineamente o povo Lunda no dia 30 de Janeiro de 2021 que causou várias mortes e procurados, feridos e presos, que pressupõe, dentre outros factores, a existência de povo muito pobre, mão-de-obra excedente que possa ser explorada em benefício de uma minoria.
 
A Lunda não é uma fazenda dos autoritários, mais sim é uma terra que deve ser vivida, e a um povo que merece viver não passar pela vida.
Atenção: “As vidas do povo Lunda não são feudos”.
Minhas Senhoras e Meus Senhores,
  • Que moral terá um cidadão sem uma correspondência compatível às exigências do seu direito legítimo?
  • Que consequência terá o cidadão comum da protecção e preservação do bem comum quando sabe que os seus dirigentes são primeiros a devastarem o bem comum?
  • Que consciência terá o cidadão que observa a falta de alternância?
  • Que moral terá um cidadão quando observa os seus irmãos a ser massacrado sanguineamente por reivindicar os seus direitos legítimos por via pacífico?
 
Meus ilustres,
Pedimos que haja justiça sobre as mortes que assola na Lunda, é de relembrar que as matanças na Lunda não é de hoje, desde 1975 Governo Angolano massacra o povo Lunda.
Triste época, onde a comunidade nacional e internacional estão a levar em consideração em 1º lugar os interesses financeiros não humanos.
 
Para Amnistia Internacional, ONU, Tribunal Penal Internacional e agentes de interesses da vida humana, pedimos que responsabilizem Portugal a se pronunciar ao público sobre a questão da Lunda, porque os tratados da Lunda é vigente, Lunda não é a parte integrante do território Angolana.
Confira o texto,
PRESENÇA DE PORTUGAL NA LUNDA TCHOKWE 1885 – 1975/2020
1) Mapa de Africa Austral de 1893
2) Convenções de Berlim e Tratados sobre a Lunda 1885 – 1894
3) Tratados de Protectorado entre Portugal e a Lunda 1885 – 1887 (Total 8 Tratados)
 
24.03.1884
Rei de Portugal nomeia Henrique Augusto Dias de Carvalho, para a grande Expedição Cientifica a Lunda e a Mussumba do Muata Ianvo 1884 – 1888, financiada pela Sociedade de Geografia de Lisboa
 
10.07.1884
Partida da Expedição de Luanda para Malange
 
11.10.1884
Partida da Expedição de Malange para a Lunda e a Mussumba do Muata Ianvo (Expedição financiada pela Sociedade de Geografia de Lisboa) Membros da Expedição: Henrique de Carvalho, João Baptista Osório de Castro, Manuel Sertório de Almeida Aguiar, Padre António Castanheira Nunes, entre outros…
 
1884 – 1885
Conferência de Berlim 1884 – 1885, Delegação Portuguesa: Marquês de Penafiel António Serpa Pimentel, Luciano Cordeiro, Carlos Roma du Bocage, Conde de Penafiel, Conde S. Mamede, etc.
 
23.02.1885
Celebração do Tratado de Protectorado entre Portugal e Capenda Camulemba (Rio Cuango) com Mwana Mahango e Mwana Cafunfo
 
31.10.1885
Celebração do Tratado de Protectorado entre Portugal e Caungula (Confluência dos Rios Louva e Mensai) com Xá-Muteba e Xá-Madiamba
 
2 e 6.09.1886
Celebração do Tratado de Protectorado entre Portugal e o Rei Muatxissengue Watembo (Rio Luachimo) com membros da sua Corte
 
01.12.1886
Celebração do Tratado de Protectorado entre Portugal e Muata Ianvo Ambinji e Suana Calenga, entre a confluência do Lonhi com Munvulo no planalto Lucusso (Carvalho, Henrique A D de – A Lunda, pp.277-281)
 
18.01.1887
Celebração do Tratado de Protectorado entre Portugal e o Imperador Muata Ianvo Mucanza (Rio Calanhi) e a sua Corte
25.05.1891
Contencioso de Lisboa sobre a Questão da Lunda, Conflito Belga – Portugal, o conhecido ULTIMATUM 1891 – 1894
 
26.06.1893
Ractificação da ACTA de Limites na Lunda, entre Angola por um lado e a Associação Internacional do Congo de Leopoldo II por outro lado
 
24.03.1894
Reconhecimento Internacional do Protectorado Português da Lunda, depois das negociações de Portugal com a Bélgica e assinatura da Acta do fim do conflito no dia 1 de Agosto do mesmo ano em Paris França
13.07.1895
Fundação do Primeiro Governo da Lunda ao estilo Ocidental, Rei de Portugal nomeia Henrique Augusto Dias de Carvalho para o Governo do Protectorado Português da Lunda Tchokwe, 1ª Vez em África.
 
“Enquanto existir pessoas assustadas, haverá pessoas para assusta-los”
 
Aperfeição da Lunda Injustiçado Mwatchimbundju
spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Destaque

Artigos relacionados