A privatização dos 100 por cento do capital social do Banco de Comércio e Indústria (BCI) conta com seis candidaturas de nacionais e estrangeiros, com propostas efectivas.
A privatizar em leilão em bolsa, entre os meses de Setembro e Outubro próximos, a comissão encarregue do processo está na fase de prévia qualificação das candidaturas, para posterior apuramento dos que vão à final, de acordo com o coordenador técnico-adjunto da Comissão Nacional Interministerial (CNI) do Programa de Privatizações(Propriv), Patrício Vilar.
O responsável, que falava à imprensa, à margem da reunião da Comissão Nacional Interministerial do Propriv, realizada esta terça-feira, fez saber que o leilão vai decorrer em um único dia e o futuro accionista do BCI será conhecido nesta altura.
“É um processo piloto e inovador em Angola. É a primeira vez que vamos fazer o leilão em bolsa, que tem os seus aspectos técnicos, que estamos a cumprir. A expectativa é que decorra entre Setembro e Outubro num único dia”, afirmou Patrício Vilar.
O BCI tem na sua estrutura accionista actual o Ministério das Finanças (98,915%), a Sonangol, Ensa, Porto de Luanda e TAAG, com 0,1894% cada, Ceval e TCUL, ambos com 0,0794%, Endiama e Angola Telecom, com igual valor e a Bolama (0,0094%).
Após o BCI, seguem outros activos do sector financeiro a privatizar pelo Estado, detidos no BCGA-Banco Caixa Geral de Angola (25%) e no BAI-Banco Angolano de Investimento (10%), processo que vai decorrer entre o segundo semestre deste ano e o primeiro de 2022, um assunto também revisto na reunião sobre o Propriv.
O processo envolve acções de avaliação das participações e due diligence, realizadas por intermediários financeiros, contratados nos termos da Lei de Bases das Privatizações.
Dados do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE) dão conta que, de 2019 a 2020, 33 activos foram privatizados, contribuindo para o erário com Kz 355 mil 120 milhões, resultante da alienação de infra-estruturas nos ramos da indústria têxtil, bebidas, agro-pecuária e indústrias, entre outros sectores.
O Propriv foi criado com o fito de reduzir a intervenção do Estado na economia e promover o fomento empresarial, assim como reforçar a capacidade empresarial.