Angola: Rede de super e hipermercados “Kero” vão a concurso na segunda-feira

A rede de super e hipermercados “Kero” vai a concurso público, a partir de segunda-feira, anunciou, em Luanda, o presidente do Conselho de Administração do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE), Patrício Vilar.

A rede, com um total de nove unidades, pertence ao grupo Zahara, sendo que 90 por cento do capital social é detido pelo Estado, desde 2020.

Segundo Patrício Vilar, o vencedor do concurso será conhecido, em finais de Setembro deste ano, sublinhando que, no quadro do processo, será feita uma cessão (transferência) do direito de gestão da referida rede.

As multinacionais Carrefour e Shoprite estão na corrida a gestão dos estabelecimentos comerciais do “Kero”, explicou Patrício Vilar, no final de uma reunião da Comissão Nacional Interministerial do Programa de Privatizações (Propriv), orientada pelo ministro de Estado para Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior.

Patrício Vilar adiantou que há manifestação de interesse da parte da Carrefour, sem, no entanto, avançar mais detalhes.

Nos últimos meses, a rede “Kero”, constituída há cerca de uma década, apresenta carência de produtos, em face de uma dívida de milhões de dólares contraída à banca, pelos anteriores accionistas.

Noutro domínio, Patrício Vilar informou que, além do “Kero”, vão a concurso público outros activos, como a rede de hotéis do Instituto de Fomento Turístico de Angola (Infotur), erguidos nas províncias de Benguela, Huila e Namibe.

As peças e procedimentos para o referido concurso serão lançadas, proximamente, adiantou.

No ramo das telecomunicações, também vão à privatização as participações do Estado na Multitel (90%), por via do leilão em bolsa, e na TV Cabo (50%), por oferta pública inicial (OPI), estando a decorrer, actualmente, o processo de alienação dos activos Net One (51%).

Constam ainda da lista de privatizações, nos próximos tempos, os activos do Estado na Sonangalp (51%), cujo concurso será lançado em breve.

Dados do Igape dão conta de que, de 2019 a 2020, 33 activos foram privatizados, o que permitiu arrecadar Kz 355,1 mil milhões de kwanzas, com a alienação de infra-estruturas dos ramos da indústria têxtil, bebidas, unidades agro-pecuárias  e industriais, entre outros empreendimentos.

O Propriv foi criado com o fito de reduzir a intervenção do Estado na economia e promover o fomento empresarial, assim como reforçar a capacidade empresarial.

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