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Portugal: Parlamento angolano aprova por “unanimidade” envio de militares á Moçambique devido os ataques

A Assembleia Nacional de Angola aprovou hoje, por unanimidade o envio de militares angolanos para apoiar o combate ao terrorismo em Moçambique integrados na Força em Alerta da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC, na sigla inglesa)

A resolução hoje aprovada decorre de uma solicitação do Presidente de Angola, João Lourenço, enquanto comandante-em-chefe das Forças Armadas Angolanas.

A componente angolana integra dois oficiais, no âmbito do mecanismo de cooperação regional, oito oficiais no Comando da Força e dez tripulantes da aeronave de projeção aérea estratégica do tipo IL-76.

Na resolução, os deputados mencionam que Angola é estado-membro da SADC desde que a organização foi fundada em 1980 e que os estados-membros “estão determinados a cooperar com a República de Moçambique face à situação de insegurança prevalecente , caracterizada por atos terroristas contra civis, mulheres e crianças inocentes em alguns distritos da província de Cabo Delgado”.

A matéria foi analisada na véspera em reunião conjunta das Comissões de Trabalho Especializadas, de Defesa, Segurança Ordem Interna, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria; de Assuntos Constitucionais e Jurídicos; e de Relações Exteriores, Cooperação Internacional e Comunidades Angolanas no Estrangeiro, que recomendaram à Assembleia Nacional que se pronunciasse favoravelmente quanto ao  envio da componente angolana da Força em Alerta.

O mandato de uma “força conjunta em estado de alerta” da SADC para apoiar Moçambique no combate contra o terrorismo em Cabo Delgado foi aprovado em 23 de junho, numa cimeira extraordinária da organização em Maputo que debateu a violência armada naquela província do Norte do país.

Segundo o Ministério da Defesa moçambicano, além de África do Sul e Botsuana, países como Tanzânia e Angola confirmaram o envio de forças, mas Moçambique também espera por outros soldados de países-membros daquela organização regional.

“Não é publicamente conhecido o número de militares que a organização vai enviar a Moçambique, mas peritos da SADC que estiveram em Cabo Delgado já tinham avançado em abril que a missão deve ser composta por cerca de três mil soldados”.

Em Cabo Delgado, já se encontra um contingente de mil militares e polícias do Ruanda para a luta contra os grupos armados, no quadro de um acordo bilateral entre o Governo moçambicano e as autoridades de Kigali.

Grupos armados aterrorizam a província de Cabo Delgado desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo Estado Islâmico.

Há mais de 2.800 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 800 mil deslocados, de acordo avançados hoje pelo chefe de Estado.

 

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