A oposição política angolana, considerou o activista cívico, Hitler Samussuku, era tão fraca que só engolia sapos, ou seja, não protagonizava factos políticos suficientemente fortes para colocar o regime em debandada.
Para o activista, a oposição angolana era vista no âmbito clientelar, uma oposição que estava nem aí para as críticas sociais.
“Também era uma oposição que apesar de competir, não tinha chances de contornar o cenário político e vencer as eleições, sobretudo, convencer a comunidade internacional e os angolanos da classe média e alta”, disse.
Depois de Adalberto Costa Júnior, isto no último congresso do partido UNITA, alguns jovens onde o próprio Hitler diz ter estado, aproveitou a oportunidade de invadir e pressionar a eleição de Adalberto Costa Júnior.
“Para nós, ele era a pessoa ideal para nos tirar da mesmice. Quando Adalberto venceu a competição, os que mais se alegraram nem eram os militantes do partido e hoje temos acompanhado a forma como ele é defendido, sobretudo, nas redes sociais”, considerou.
Os principais fazedores de opinião pública estão com ele e isso tem sido o suficiente para contornar os malabaristas do MPLA.
Outrossim, sublinhou, Adalberto Costa Júnior inspira confiança e tem sido visto com a esperança para mudança, pois, por força da coincidência elegeu como o lema para o 2021- ano da mobilização dos patriotas para alternância e foi mais longe com a ideia de Tripartida ou Frente Patriótica Unida onde estão representados os partidos políticos credíveis como a própria UNITA, o Bloco Democrático, o PRAJA-SERVIR ANGOLA e vão juntando-se algumas figuras carismáticas da Sociedade Civil.
Para Hitler, este quadro representa uma viragem histórica e coloca o MPLA no isolamento interno e externo.
“Hoje por hoje a nível internacional as opiniões estão divididas entre a continuidade e a ruptura do MPLA. Há quem quer dar-lhe última chance, mas há quem não quer mais, ou seja, se não foi capaz de operar mudanças estruturais no sistema é porque não tem mais nada para dar”, conforme Hitler Samussuku.
O MPLA, na opinião do activista, está esvaziado de conteúdo, os programas políticos falharam redondamente, o Presidente João Lourenço atingiu índice recorde de rejeição social, a oposição, sobretudo, a UNITA cresceu significativamente e os sinais de alternância são conjunturais.
Apontou para terminar que, desde o Malawi, Zâmbia, Marrocos e São Tomé e Príncipe assiste-se uma onda de mudanças que poderão surtir efeitos no cenário político angolano depois de 46 anos ininterruptos do MPLA.