Os empresários europeus, em particular os alemãos, demonstram interesse em participar da diversificação económica de Angola, prevendo investir na produção do Hidrogénio verde.
De acordo com o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, que falava no Primeiro Fórum Empresarial União Europeia-Angola, em Bruxelas, Belgica, o interesse europeu deriva do facto de o hidrogenio ser uma fonte de combustível no processo de transição energética a nível global.
O governante refere que a energia eléctrica, proveniente do hidrogenio, e “mais verde e constitui uma das fontes limpas e de produção”.
“Devido às suas características geográficas, hipsométrica e abundância de recursos hídricos, Angola destaca-se como um país de alto potencial em fontes de energias renováveis”, daí o interesse em materializar tal objectivo.
Embora o país ainda esteja a dar os primeiros para a transição energética, apontou que já deixou algumas pistas sobre o rumo que vai tomar, identificando o hidrogénio como o grande catalisador, apostando na sua produção e exportação.
De acordo com titular da pasta de Energia e Águas, esta situação será inevitável, tendo em conta que Angola tem potencial para produzir níveis de hidrogénio em quantidade suficiente para cobrir parte das receitas que se irão perder na exportação petrolífera, especialmente a partir de 2030, quando as grandes construtoras de indústria automóvel deixarem de fabricar viaturas movidas a gasóleo ou gasolina.
Na ocasião, o ministro de Estado para Coordenação Económica, Manuel José Nunes Júnior, enfatizou a importância do Fórum União Europeia-Angola, que se pretende vir a ser regular, ora na Europa, ora em Angola.
Precisou que , dentre as várias estratégias a desenvolver , o crescimento económico do Governo angolano e a diversificação da economica estão no top das prioridades, pelo que, convidou-se europeus a participar nesse processo.
A título de exemplo, no sector eléctrico, actualmente dos 800 megawott de energia solar que se pretende atingir, já estão em fase de construção 300 megawott de energias renováveis.
Por sua vez, o ministro da Economia e Planeamento, Mario João, “precisou que dos produtos vendidos ao exterio, durante ano de 2021, o país exportou o equivalente a 12 milhões de euros, só em produção agrícola, registando um crescimento, quando comparado ao período homólogo de 2020, em que se exportou apenas 1.6 milhões de euros nos referidos produtos”.
O Fórum União Europeia-Angola teve lugar no dia 24 deste mês, após a Cimeira entre a União Europeia e a União Africana.
Angola procura investimentos que lhe permitam diminuar a sua dependência da volatilidade do preço do petróleo, principal produto de exportação até ao momento.
Durante o evento, sectores como da agricultura, da digitalização, energias renováveis, indústria, logística e água e infra-estruturas, bem como do investimentos fizeram parte dos paines no referido fórum.
“Manuel José Nunes Júnior, ministro de Estado para Coordenação Económica, esteve no evento a frente de uma comitiva governamental angolana com os responsáveis das pastas da Economia e Planeamento, Energia e Águas, Agricultura, Indústria e Comércio, mas também o Presidente do Conselho de Administração da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações-AIPEX”.