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Angola: Associação de “Vendedores Ambulantes” cria fundo para financiar filiados e retirar zungueiras das ruas

A Associação Nacional dos Vendedores Ambulantes de Angola luta para alcançar o auto-financiamento dos seus associados, já a partir deste ano, num exercício que tenciona contrapor o que chama de contrariedades no acesso ao Programa de Reconversão da Economia Informal (PREI). Organização aposta em sistema de micro-créditos mesmo sem apoio do Governo.

Através de um conselho nacional de vendedores ambulantes, a ser criado nos próximos dias, começa a batalha para o financiamento, com a organização a prever que o valor máximo possa chegar a 500 mil kwanzas, equivalentes a 1.230,00 dólares americanos.

Sem ligação ao PREI, lançado pelo Ministério da Economia em mercados informais, a Associação Nacional dos Vendedores Ambulantes prepara o projecto, tendente a organizar a actividade dos mais de 17 mil filiados em cinco províncias do país.

À VOA, o presidente da organização, José Cassoma, fala dos moldes para o financiamento de pequenos negócios.

“Vamos nos financiar, não queremos mais associadas com banheiras na via pública. Com 500 mil kwanzas, já se pode montar uma cantina, uma bancada, ao passo que dois mil é um valor que não ajuda a combater a pobreza, que é elevada entre a classe”, explica.

Cassoma abordou o factor exclusão quando a Organização da Mulher Angolana, afecta ao MPLA, chamou zungueiras para falar de crédito, há pouco mais de uma semana, mas assume estar mais preocupado no caso de acções no sector públicomas assume estar mais preocupado no caso de acções no sector público

“Os créditos anunciados …remetemos as listas aos bancos, mas fomos chumbados. Os mesmos que já receberam no BUE (Balcão Único do Empreendedor) são os mesmos agora no PREI”, aponta o líder associativo.

Fonte do Secretariado Nacional da OMA disse à VOA que o empoderamento da mulher por via de micro-créditos não deve ser associado a aproveitamentos políticos e acrescenta que o programa terá continuidade, tal como a alfabetização de mulheres zungueiras e a luta contra a violência doméstica.

Esta denúncia de exclusão é feita numa altura em que o Governo diz que pretende celeridade nos desembolsos ao abrigo do PREI, conforme salientou nesta quarta-feira, 4, à Rádio Nacional de Angola, o presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Apoio às Pequenas e Médias Empresas.

“É claro que existem alguns constrangimentos, a nossa pretensão é de aí onde se lança a campanha identificar os operadores que podem passar para o micro-credito, precisamos de ser mais agressivos”, admite João Kossy.

Dados oficiais indicam que a economia informal ocupa mais de 60 por cento da economia angolana.

 

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