Portugal admite avaliação “muito positiva” do Programa Estratégico de Cooperação com Angola

O Governo português admitiu hoje que a avaliação do Programa Estratégico de Cooperação entre Portugal e Angola “vai ser muito positiva”, sobretudo nos setores da educação e saúde, considerando o instrumento como “um dos maiores laços político-diplomático”.

O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Portugal, Francisco André, recordou, em Luanda, que o programa estratégico entre ambos os países tem vigência até finais de 2022 e que será avaliado durante este ano.

“Não tenho dúvidas de que a avaliação vai ser muito positiva, no caso da educação eu arrisco mesmo a dizer que vai ser uma avaliação muito, muito positiva, e isso faz-nos também ter a certeza que o próximo Programa Estratégico de Cooperação irá ter uma vez mais a educação como a área central de trabalho entre os dois países”, afirmou o governante português.

Em declarações no final cerimónia de assinatura do protocolo relativo ao projeto-piloto Exames Nacionais Angola 2022, Francisco André sublinhou que o setor da educação é um dos domínios “muito intenso” na cooperação entre Portugal e Angola.

“Os ganhos [da cooperação estratégica] são permanentes, e o caso da educação e saúde são dois bons exemplos, mas o caso da educação é um bom exemplo de um ganho permanente”, respondeu à Lusa.

O secretário de Estado português iniciou hoje uma visita a Angola e já manteve encontro com o ministro das Relações Exteriores, Téte António, e com o ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior.

Segundo Francisco André, a agenda bilateral e a agenda internacional nortearam o encontro com Téte António, ocasião em que o governante português agradeceu ao ministro angolano o apoio para a realização, em Luanda, na terça-feira, de uma conferência preparatória da II Conferência dos Oceanos das Nações Unidas.

“Essa conferência vai ter um momento prévio e muito importante, vai permitir ouvir instituições, a academia e todos os interessados e preocupados com a proteção dos oceanos e que se vai realizar na terça-feira de manhã aqui em Luanda”, notou.

“E fazemo-lo, porque é um país com quem temos o laço diplomático e afetivo muito forte, um país preocupado com os oceanos e que partilha connosco esta forma de trabalhar unida e empenhada no âmbito do sistema das Nações Unidas”, argumentou.

Lisboa vai acolher, entre 27 de junho e 01 de julho de 2022, a II Conferência dos Oceanos das Nações Unidas que será coorganizada entre Portugal e Quénia.

Com o ministro de Estado angolano, Manuel Nunes Júnior, o secretário de Estado português disse que teve oportunidade de “passar em revista alguns dos temas da agenda de cooperação económica entre os dois países”.

“Identificar desafios e as formas conjuntas para podermos continuar a trabalhar e, sobretudo, tendo em vista uma futura visita do senhor ministro da Economia e do Mar de Portugal a Angola”, concluiu.

 

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