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África: EUA apontam cessar-fogo como “desenvolvimento significativo” para a transição no Chade

A junta militar no poder no Chade, liderada por Mahamat Idriss Déby Itno, e alguns dos grupos rebeldes assinaram na segunda-feira um acordo de paz, antes de negociações de reconciliação nacional, previstas para 20 de agosto.

Os EUA classificaram hoje como “um desenvolvimento significativo” o acordo de paz assinado pela junta militar no poder no Chade e alguns dos grupos rebeldes, antes do processo de reconciliação nacional, manifestando apoio para umas eleições livres e justas.

“Este acordo de paz é um desenvolvimento significativo no período de transição do Chade. Os Estados Unidos apoiam o Chade na coordenação de um Diálogo Nacional, na revisão da sua Constituição e na organização de eleições livres e justas”, sublinhou, em comunicado, o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price.

O governo dos EUA realçou que “apoia o povo do Chade enquanto a próxima geração de liderança aproveita os pontos fortes de todas as vozes para promover uma paz duradoura”.

“Compartilhamos o otimismo por um futuro brilhante, que respeite a dignidade de todos os chadianos e permita a prosperidade para as próximas gerações”, salientou ainda.

A junta militar no poder no Chade e alguns dos grupos rebeldes assinaram na segunda-feira, no Qatar, um acordo de paz, antes de negociações de reconciliação nacional, previstas para 20 de agosto, no país africano.

Ned Price salientou também o papel do governo do Qatar, do governo de transição chadiano e das vozes político-militares envolvidas no processo, incentivando “todos os grupos chadianos a unirem-se para garantir a paz, a prosperidade e a estabilidade”.

O principal grupo rebelde, no entanto, não concordou com os termos e não assinou o acordo, que prevê um cessar-fogo até ao início das negociações, na capital do Chade, Djamena.

A junta militar concordou também em “não realizar nenhuma operação militar ou policial contra os grupos signatários” do acordo em países vizinhos como o Sudão e a Líbia, onde alguns dos grupos se refugiaram.

A assinatura surge ao fim de cinco meses de negociações e abrange cerca de 40 de quase 60 movimentos políticos do país.

As negociações entre o governo e os grupos armados começaram em março, após vários adiamentos, para encerrar décadas de agitação e instabilidade neste país com 16 milhões de pessoas, que passou por vários golpes de Estado.

No dia seguinte à morte do Presidente Idriss Déby Itno, morto na frente de combate contra os rebeldes em abril de 2021, o seu filho, o general Mahamat Idriss Déby Itno, foi proclamado Presidente do país, liderando, assim, o Conselho Militar de Transição composto por 15 generais.

Na altura, Mahamat Idriss Déby Itno prometeu eleições livres e democráticas no prazo de 18 meses, após um “diálogo nacional inclusivo” com toda a oposição política e todos os inúmeros movimentos rebeldes.

 

 

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