África: Tchad solicita apoio “diplomático” de Angola

O Presidente do Conselho Militar de Transição do Tchad, Mahamat Idriss Déby, deixou, esta quinta-feira, Luanda, após uma visita de cerca de 48 horas, durante a qual pediu apoio diplomático de Angola para a estabilização do seu país.

Depois do encontro de Mahamat Idriss Déby com o Chefe de Estado angolano, João Lourenço, quarta-feira última, o ministro das Relações Exteriores, Integração Africana e dos Tchadianos no Estrangeiro, Cherif Mahamat Zene, afirmou que o seu país reconhece o papel desempenhado por Angola para a estabilidade na região central do continente africano.

Realçou fundamentalmente o desempenho de Angola, no quadro da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) e da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL).

João Lourenço preside actualmente a Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL) e tem sido informado com regularidade sobre a situação reinante naquele país membro da organização.

Situação político-militar no Tchad

O Tchad é assolado por uma guerra civil, desde Dezembro de 2005. O conflito envolve as forças governamentais e vários grupos armados.

A situação político-militar neste país agudizou-se na sequência da morte, a 20 de Abril último, do Presidente reeleito Idriss Déby Itno, que não resistiu aos ferimentos contraídos em combate contra as forças opositoras armadas, no deserto de Tibesti (norte do país).

Idriss Déby Itno morreu um dia depois de ter sido declarado vencedor, pela sexta vez consecutiva, das eleições presidenciais de 11 de Abril, com 79,32% dos votos.

Devido à situação, um Conselho Militar de Transição assumiu a gestão dos assuntos do país e, a 02 de Maio, criou um Governo de Transição que deverá conduzir o país até à realização de novas eleições, nos próximos 18 meses.

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