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“Angola recebeu mais de 500 projetos de investimento nos últimos cinco anos” — Agência de Investimento e Promoção de Exportações (AIPEX)

Angola recebeu entre 2018 e outubro deste ano 535 projetos de investimento, dos quais 40% são industriais num montante total de quase 3.000 milhões de dólares, revelou o presidente da Agência de Investimento e Promoção de Exportações (AIPEX).

António Henriques da Silva falava à margem do evento “The Angolan Development Roundtable”, promovido pelo The Business Year e destacou a melhoria do ambiente de negócios nos últimos anos, sobretudo a partir de 2018, quando foi aprovada a nova lei do investimento privado.

“Nessa altura, tínhamos apenas registados projetos de investimento de sete países. Passados cinco anos já estão em 51, só por aí verificamos o alargamento do interesse em investir em Angola”, assinalou o presidente da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX).

Segundo o mesmo responsável, no final de 2018, Angola registava 70 projetos de investimento privado, número que mais do que duplicou no ano seguinte para 168.

Seguiu-se o “período critico” da covid-19, com 106 intenções em 2020, e outras 100 em 2021.

Até outubro deste ano, Angola registou 91 projetos “e o ano ainda não terminou”, afirmou com otimismo o presidente da Aipex.

“Quer dizer que começamos a sentir que se está a sair da crise provocada pela pandemia e que há consistência nas melhorias que tem estado a ser introduzidas e na confiança que deve ser transmitida aos investidores”, salientou.

Um resultado que se deve também às ações de diplomacia económica desenvolvidas pelo Presidente angolano, que ajudaram a melhorar a imagem do país no que toca ao ambiente de negócios e praticas de corrupção, nepotismo e burocracia, considerou.

“Achamos que vai continuar e precisamos agora de ganhar escala. Se o somatório dos projetos nos leva até outubro deste ano a 535 projetos de investimento num total de quase 2.800 milhões de dólares [2.690 milhões de euros], ainda temos muito espaço de progressão e achamos que devemos continuar com consistência nas nossas ações”, continuou.

O objetivo é a implementação de projetos “que possam ajudar a reduzir as assimetrias regionais”, sublinhou, acrescentando que as áreas de investimento são diversificadas e passam por agricultura e pescas, serviços e indústria, que representa 217 projetos, cerca de 40% do total.

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