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Polícia Nacional (PN) de Angola garante responsabilizar criminalmente todos aqueles que provocarem “desordem pública” no dia 31 de Março

Após vários dias a circularem nas redres sociais e nos media informações sobre a iniciativa “No dia 31 Fica em Casa, não vamos trabalhar”, nesta sexta-feira,31, a Polícia Nacional (PN) emitiu um comunicado onde garante que responsabilizar criminalmente todos aqueles que provocarem desordem pública.

A manifestação com um pendor pacífico foi marcada pelo activista angolano “Gangsta”, que apela à população para aderir de forma a expor a insatisfação generalizada contra o actual governo e reivindicar melhores condições de vida.

“A PN pronunciou-se sobre o assunto dizendo no seu comunicado que, tem vindo a acompanhar com elevada atenção a difusão e partilha nas redes sociais de matérias com conteúdos que visam instaurar um clima de desordem, insegurança e convulsões sociais”, pode ler-se no documento.

“Tendo os órgãos especializados em matérias de inteligência policial e operativa, determinado que tais condutas visam promover a rebelião, a violência, o vandalismo e desobediência civil, incluindo a intimidação de cidadãos trabalhadores, coibindo-se de exercerem os seus direitos elementares, particularmente os que dizem respeito ao cumprimento dos seus deveres e das suas responsabilidades laborais, actos que constituem crimes nos termos da lei”, avançam as autoridades, na nota.

A PN assegura que a situação no país é estável e as forças da ordem estão atentas para darem resposta à quaisquer actos de vandalismo e desordem.

UNITA apoia iniciativa

O Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA divulgou um comunicado onde manifesta a solidariedade do maior partido da oposição à iniciativa de um grupo de activistas denominada “No dia 31 Fica em Casa” que visa levar os trabalhadores a não se deslocarem para os seus postos de trabalho na próxima sexta-feira.

Sublinhando que a Constituição legitima esta iniciativa, a UNITA “solidariza-se com a causa dos activistas e apela ao governo para prestar maior atenção às causas da insatisfação e da contestação, generalizadas”.

O partido do “Galo Negro” diz ainda que a justificação para esta iniciativa, com respaldo na CRA, são os “níveis elevados de desemprego, pobreza, alto custo de vida, corrupção institucionalizada e constantes violações dos direitos humanos, agravam a insatisfação e o desespero da juventude com a actual governação”.

E, numa altura em que esta iniciativa ganha tracção nas redes sociais, onde está igualmente a ser fortemente criticada por elementos próximos do poder, o partido de Adalberto da Costa Júnior aproveita o mesmo documento para “condenar veementemente a campanha de intoxicação da opinião pública nacional e internacional, levada a cabo por órgãos do Estado, que visa desvirtuar iniciativas de livre exercício de cidadania, plasmadas na Constituição da República de Angola”.

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