A UNITA disse que o diálogo deverá encontrar um meio para se ultrapassar o problema de uma eventual saída do Bloco Democrático (BD) da Frente Patriótica Unida (FPU), que envolve também o projecto Pra Já Servir Angola.
O secretário geral do BD Muata Sebastião disse numa entrevista ao Novo Jornal que se a Frente Patriótica Unida (FPU) não se transformar numa coligação antes das próximas eleições o seu partido terá que ir para as eleições por si só devido a imperativos jurídicos.
A lei angolana dissolve automaticamente qualquer partido que não participe em duas eleições seguidas e, nas últimas eleições, os candidatos do BD foram integrados nas listas da UNITA, já que a Frente Patriótica Unida (FPU) não estava reconehcida como um partido ou coligação.
O porta voz da UNITA Marcial Dachala afirma que o seu partido “fará tudo” para por via do diálogo encontrar-se formas de cooperação.
“A história dá-nos razão, unidos somos mais fortes”, diz Dachala.
“Continuamos a apostar na Frente Patriótica Unida (FPU), certos de que por via do diálogo encontraremos sempre forma de cooperação”, acrescentou, fazendo notar que “o que nos anima é que o nosso ambiente é o mais salutar no quadro do grupo parlamentar”.
O consultor social João Misselo da Silva fez notar os ganhos obtidos pela Frente Patriótica Unida (FPU) que “trouxe uma outra dinâmica, quer seja do ponto de vista das abordagens, quer seja do ponto de vista das simpatias e aproximação ao poder”.
“Ela obriga que outros actores políticos, sobretudo o partido no poder, comecem a redefinir estratégias para os próximos tempos, assim teremos uma competição mais forte e eficaz”, acrescentou Misselo, para quem a Frente Patriótica Unida (FPU) “deve melhorar alguns aspectos”.