Decisão do Braço juvenil da UNITA de se afastar do “Conselho Nacional da Juventude (CNJ)” rejeitada por outras organizações

UNITA diz que decisão da Juventude Unida e Revolucionária de Angola (JURA) não afecta a sua participação noutros órgãos, como a ERCA e a Comissão Nacional das Eleições (CNE).

A Juventude da FNLA e o Movimento dos Esudantes Angolanos (MEA) demarcam-se da decisão da organização juvenil da UNITA, JURA, de se afastar do Conselho Nacional da Juventude, (CNJ), embora considerem haver a ncessidade de se reformar a organização.

A UNITA, por seu turno, afirma que a decisão da JURA não afecta a participação do partido noutros orgãos multipartidários.

O secretário da JURA, Nelito Ekuikui, anunciou naquarta-feira, 5, a suspensão da sua organização nos órgãos consultivos e deliberativos do CNJ, dirigido por Isaías Calunga, a quem acusou de defender excessivamente a imagem do Presidente João Lourenço e de excessiva partidarização pelo partido no poder, o MPLA.

O Presidente do CNJ, Isaías Calunga, já minimizou as acusações.

Por seu lado, Kiaku Kiala, secretário geral da Juventude da FNLA e membro do CNJ, reconhece os esforços do órgão e promete lutar dentro da organização para a sua democratização.

“Nós estivemos na fundação do conselho e soubemos o por quê que nós nos batemos para haver um conselho da juventude”, disse, afirmando que é dentro daquela organização que se deve trabalhar para bem dos jovens.

“Nós não podemos esperar que alguém venha fazer isso por nós”, cocluiu.

Quem também valoriza a importância do diálogo levado a cabo pelo CNJ é Francisco Teixeira, do MEA, quem defende, no entanto, a independência total do CNJ das organizações políticas partidárias que, no seu entender, deturpam o verdadeiro foco do CNJ.

“Ela não é executiva mas é uma instituição de advocacia, e é uma instituição mais importante que Angola tem hoje e tem feito bem o seu trabalho”, diz.

“Nós, o MEA, achamos que ela é excessivamente partidarizada (existe) a influência da JMPLA dentro dela e (defendemos) também despartidarizar o CNJ das organizações juvenis dos partidos da oposição”, acrescentou Teixeira, que gostaria de ver o órgão “mais voltado para a advocacia das associações e não dos partidos políticos”.

A saída da JURA do CNJ levantou preocupações em alguns círculos que a UNITA pudesse abandonar também a sua participação noutros organismos, como a Entidade Regularadora da Comunicação Social ou mesmo a Comissão Nacional Eleitoral, mas essa possibilidade foi descartada por um porta-voz do partido.

O secretário de Comunicação e Marketing da UNITA, Evaldo Evangelista, afirmou que a decisão de abadonar o CNJ “foi feita no quadro da JURA”.

“A JURA é membro do CNJ e acha que há alguns acertos que deve fazer, e enquanto isto suspende a participação da juventude do CNJ, quanto os outros órgãos, não, não, não, não há qualquer pronunciamento”, garantiu.

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