O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, nomeou hoje vários líderes globais para chefiar a luta contra a desnutrição, entre eles a angolana Josefa Sacko, comissária para a Economia Rural e Agricultura da Comissão da União Africana.
Em causa está o ‘Scaling Up Nutrition’, um movimento iniciado em 2010 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e cujos esforços para melhorar a nutrição a nível global continuam até hoje, administrados por 22 líderes globais que têm como missão erradicar a subnutrição em todas as suas formas até 2030.
De acordo com dados da ONU, cerca de três mil milhões de pessoas — quase metade de toda a humanidade — não conseguem ter acesso a uma alimentação saudável. Além disso, dois terços das crianças carecem de vários nutrientes de que precisam para crescer.
“Sem uma boa nutrição, não há desenvolvimento humano. Todas as crianças precisam de ter acesso a alimentos nutritivos e seguros para que possam crescer e desenvolver todo o seu potencial. Infelizmente, hoje, mais de uma em cada 10 pessoas no mundo sofre de insegurança alimentar e nutricional grave”, disse António Guterres.
“Acredito que a abordagem do movimento ‘Scaling Up Nutrition’ para combater a desnutrição através de uma abordagem multissetorial de propriedade do país é mais crucial do que nunca. Esses líderes globais estão a defender os esforços liderados pelos países para aumentar a nutrição e oferecer a meninas, meninos e às suas famílias um mundo livre de desnutrição até 2030”, acrescentou.
O movimento inclui representantes de 65 países, mais de 4.000 organizações da sociedade civil, mais de 1.400 empresas, 16 agências das Nações Unidas, instituições financeiras internacionais, Governos doadores e filantropos que financiam a nutrição, entre outros.
Entre os líderes hoje nomeados por Guterres estão, além de Angola, representantes da Nigéria, Emirados Árabes Unidos, Suécia, Filipinas, Estados Unidos da América, Camarões, Barbados, El Salvador, Quénia, Irlanda, Reino Unido, Paquistão e México.