O Governo de Angola anunciou hoje que fez gastou 142 mil milhões de kwanzas (155 milhões de euros) para combater e mitigar efeitos da Covid-19 em 2021, maioritariamente destinados para as despesas gerais da doença.
A informação foi transmitida hoje pela ministra das Finanças de Angola, Vera Daves, dando conta que o montante destinado às despesas gerais da Covid-19, em 2021, foi de 132, 11 mil milhões de kwanzas (144 milhões de euros).
Vera Daves, que apresentava na Assembleia Nacional (parlamento) os eixos da Conta Geral do Estado (CGE) 2021, salientou que 9,16 mil milhões de kwanzas (10 milhões de euros) do montante global foram para construção de hospitais de campanha.
Em relação ao plano de vacinação contra a covid-19, neste período, a governante deu conta que foram desembolsados cerca de 104,57 mil milhões de kwanzas (114 milhões de euros), destinados à aquisição de cerca de 22.946.400 doses das vacinas Sputnik, Sinopharma e Jansen.
O OGE de 2021 estimou receitas e despesas no valor de 14,75 biliões kwanzas (16 mil milhões de euros) e evidenciou uma arrecadação de receitas no valor de Kz 15,22 biliões (16,16 mil milhões de euros).
Este instrumento geral de gestão macroeconómica de Angola, sustentou a ministra, evidenciou execução de despesas no valor de 14,42 biliões de kwanzas (15,7 mil milhões de euros), resultando num superavit nominal no valor de 793,99 mil milhões de kwanzas.
Anunciou também que o saldo fiscal, referente ao exercício económico de 2021, foi superavitário na ordem de 1 bilião de kwanzas e o saldo corrente cifrou-se em 3,49 biliões de kwanzas, “demonstrando que as receitas correntes foram suficientes para cobrir as despesas correntes”.
De acordo com Vera Daves, da receita total arrecadada em 2021, as receitas correntes foram no valor de 10,1 biliões de kwanzas (1 mil milhão de euros), “correspondendo a uma execução, acima do previsto, de 125% e uma participação sobre a receita total de aproximadamente 66%”.
As receitas de capital somaram 5,12 biliões de kwanzas (5,5 mil milhões de euros), correspondendo a uma execução de 77% e uma participação sobre a receita total de 34%.
Sobre a despesa total executada, neste exercício, prosseguiu, registaram-se despesas correntes no valor de biliões de kwanzas (7,2 mil milhões de euros), correspondendo a uma execução de 89% em relação à despesa autorizada e uma participação sobre a despesa total de 46%.
As despesas de capital totalizaram 7,81 biliões de kwanzas (8,5 mil milhões de euros), correspondendo a uma execução de 108% em relação à despesa autorizada, e uma participação sobre a despesa total de 54%.
Vera Daves deu conta ainda, na sua intervenção, de que o stock da dívida governamental, em dezembro de 2021, situou-se em 36,75 biliões de kwanzas (40 mil milhões de euros).
A divida externa, correspondente a 71% do total, estava cifrada no valor de 25,97 biliões de kwanzas (28 mil milhões de euros), enquanto os 29% de dívida interna valiam 10,78 biliões de kwanzas (11,7 mil milhões de euros).
O stock da dívida das Empresas Públicas, por sua vez, designadamente a Sonangol e a TAAG cifrou-se em 2,4 biliões de kwanzas (2,6 mil milhões de euros)
Nesta perspetiva, no exercício de 2021, “o stock da dívida pública, que engloba a dívida Governamental e das empresas públicas, atingiu os 39,16 biliões de kwanzas (42 mil milhões de euros) como sublinha o relatório de fundamentação da CGE 2021”.
A CGE referente ao exercício económico de 2021 está a ser discutida na nova reunião plenária extraordinária da primeira sessão legislativa da quinta legislatura do parlamento angolano.