O Governo de Angola pediu explicações ao Gabão na sequência de um incidente diplomático que envolveu uma invasão armada à casa do Presidente da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), o angolano Gilberto Veríssimo.
Segundo uma nota de imprensa do Ministério das Relações Exteriores angolano, a diplomacia angolana pediu explicações ao encarregado de negócios do Gabão em Angola, Wilfird Ndundji Mundungue, sobre o “insólito acontecimento” ocorrido em Libreville, capital do Gabão, contra Gilberto Veríssimo.
As autoridades angolanas consideram que se tratou de “um ato de vandalização à mão armada”, envolvendo alguns homens envergando a farda das forças armadas gabonesas, “que arbitrariamente invadiram a residência oficial do presidente da CEEAC”.
De acordo com os relatos, “os invasores molestaram psicologicamente o presidente da CEEAC e a sua assistente, que se encontravam no interior da residência”.
Angola “manifestou profundo desagrado pelo sucedido, repudiou veementemente o ocorrido e exigiu das autoridades gabonesas explicações plausíveis” sobre o caso.
A secretária de Estado para as Relações Exteriores, Esmeralda Mendonça, apelou à “tomada de medidas severas contra os autores de tal ato”, sublinhando que “pôs em causa a segurança e a integridade física das entidades daquela organização sub-regional, que exercem o seu legítimo mandato naquele país que detém a sede da CEEAC”.
A Lusa tentou contactar a embaixada do Gabão em Luanda, o que não foi possível até ao momento.