Em 2016, ele teria dado um soco na cara da ex-esposa; em 2017, gravou um vídeo humilhando haitianos
O ex-PM que liderou o ataque contra dois universitários angolanos em Maringá, Nilson Roberto Pessutti Filho é alvo de duas ações do Ministério Público do Estado do Paraná, uma por agredir fisicamente a ex-esposa e outra por racismo contra haitianos. Conhecido como Soldado Pessuti, ele foi candidato a deputado federal pelo PSL em 2018 e exibia a imagem do presidente Jair Bolsonaro em seu panfleto.
Segundo denúncia apresentada pelo Ministério Público à 5ª Vara Criminal de Maringá em 24 de outubro de 2020 com base em inquérito policial (0003878-65.2016.8.16.0190) instaurado em fevereiro de 2016, Pessutti Filho “de forma consciente e voluntária, agindo mediante violência de gênero e prevalecendo-se de relações domésticas e familiares, ofendeu a integridade física da vítima”.
A peça, apresentada pela promotora Carla Cristina Castner Martins relata que durante o ato de agressão contra a ex-esposa, o homem “desferiu-lhe um soco na face, atirou-lhe para fora do veículo e, ato contínuo, desferiu-lhe coronhadas na cabeça, causando-lhe lesões corporais de natureza leve consistentes em: ‘escoriações em região malar esquerda’”.
A denúncia leva como base a Lei Maria da Penha (11.340/2006) e enquadra o caso como violência doméstica. Pessutti Filho pode pegar de 3 meses a 3 anos de detenção.