A DEMOCRACIA LEVARTEANA NO PAÍS DA DEMOCRATIZAÇÃO: “como decorreu as eleições no LEV´ARTE em 2022”?

A democratização deve ser concebida como uma teoria que pressupõe arranjos democráticos para chegar à democracia. Angola, por exemplo, desde 1991 tem se mostrado no mundo que os arranjos democráticos quanto a questão da liberdade de inclusão, transparência na participação política e competição eleitoral é devagarosamente possível.
 
Porém, o LEV´ARTE Angola é uma associação estatutariamente cultural e literária, que através do exercício da democracia associativa mostrou, no dia 4 de Fevereiro de 2022, que um processo eleitoral transparente e efectivamente democrático, em que possa haver candidatos ou membros livres que se candidatam e se afrontam em debates é possível.
 
Assim, é através da galática transparência e rigor na Administração Eleitoral por parte da mesa da Assembleia Geral, composta pelo Presidente (Pedro Bélgio) e Vice Presidente (Dorivaldo Manuel), sem descurar a Área Jurídica (Adilson Salvador), que surge a ideia de prestigiar a Democracia Levartena.
 
A democracia Levarteana é uma típica democracia associativa angolana. Decerto, estamos a falar de uma democracia cientificamente estudada no âmbito das associações ou grupos, que visa enriquecer a democratização ou sobretudo aperfeiçoar a democracia dos Estados. De tal maneira, só acontece quando às associações exercem actos de cidadania com base os princípios democráticos, assim como, em Angola, a Constituição da República, no artigo 48º, garante às Associações livremente criadas, havendo necessidade do Governo esperar atitudes solidárias e cívicas para concretização da democracia como igualdade e prestação de contas numa relação sistémica e, deveras, vertical, tal como é também apologista o teórico da Ciência Política O´DONNELL (2009).
 
O Lev´Arte com este exercício de cidadania eleitoral, em que houve quatro candidatos, mostrou, exemplarmente, que a política é uma variável inescapável e inescapável também é a sua consequência em todas organizações, como defendeu o Politólogo Robert Dahl. Obviamente, podemos deste modo mencionar os nomes dos candidatos e começar a responder, telegraficamente, a supra questão:
 
CANDIDATO Nº 1 – CARLOS EVA
CANDIDATO Nº 2 – FERNANDO JESSY
CANDIDATO Nº 3 – KULANDA KUTIMA
CANDIDATO Nº 4 – KIOCAMBA CASSUA
 
Os quatros candidatos apresentaram os seus programas, cujos programas foram cientificamente apreciados. porém, não sendo comum em muitos Movimentos culturais e literários de Angola, diante do processo e através de uma Administração eleitoral movida pelos procedimentos das ciências nomotéticas e orientais, sem deixar de identificar os estatutos, foram submetidos a debaterem, dialeticamente, na rádio e Live. Defacto, os debates foram momentos galáticos de se ver e consentir, mas o ápice eleitoral aconteceu no dia da votação, em que houve observadores irreversíveis, infinitos amigos convidados e galáticos membros do LEV´ARTE, cito os observadores:
 
Senhor KARDO BESTILO
Senhora MIRA CLOCK
Senhor MILTON FERNANDES
Senhor JOÃO PAPELO
Senhor DOM AFONSO
Senhora JESSICA BRANCO
E o nosso amigo convidado, Mabanza Kambaca, que é Coordenador do Movimento Literagris.
 
Após a urna eleitoral e escrutínio com transparência e pitadas poliárquicas, terminamos o processo com os seguintes resultados impugnáveis.
 
FERNANDO JESSY – 70%
KIOCAMBA CASSUA – 13%
KULANDA KUTIMA – 9%
CARLOS EVA – 4,5%
 
PORTANTO, como ilustram os resultados, Fernando Jessy conseguiu vencer com 70% dos votos, tornado-se Coordenador Geral do Movimento Cultural e Literário Lev´Arte, sendo o seu Vice-Coordenador Geral Kiocamba Cassua com 13% dos votos. É com estes senhores que o LEV´ARTE nos próximos dois anos vai fazer acontecer a agenda sistémica da cultura Angolana, proporcionando aos membros Angolanos e não Angolanos os efeitos da democracia associativa através da democracia Levarteana, isto é, a democracia de INCENTIVAR À LEITURA E ESCRITA POR MEIO DE FORMAÇÕES E HUMANIZAR ATRAVÉS DAS ARTES.
 
Dorivaldo Manuel Dorival – Cientista Político pela UAN-FCS, Membro do grupo de estudo do Centro de Estudos Africanos do Instituto de Ciências Sociais e Relações Internacionais – CIS, Co-fundador do Observatório da Reforma do Governo e Administrativa do Estado Angolano – ORGAA, co-fundador do Projecto Fazer o País e Coordenador Nacional da Área Académica do Lev´Arte. Autor da Obra científica PODER NACIONAL: contributo do factor científico-tecnológico para o desenvolvimento sócio-económico e industrial de Angola. É poeta e escritor sem obra publicada, mas com vários textos publicados em antologias, revistas e blogs ou sites nacionais e internacionais.
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