O Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, considerou, na manhã desta sexta-feira, 15, em Luanda que entre os problemas que, por esta altura assolam os angolanos está igualmente o MPLA para além da COVID-19, principal factor pelo qual o partido no poder não pode, até a data, permitir a realização das eleições autárquicas.
As declarações, foram feitas pelo líder do maior partido da oposição angolana, durante a abertura do ano político, actividade que juntou vários membros de todas as organizações da UNITA, sob o lema “2021 Ano da Mobilização dos Patriotas Angolanos, para Alternância do Poder”.
O presidente da UNITA, entre várias observações em torno da actual política de governação do país, aproveitou a ocasião para apelar aos órgãos de justiça, no sentido de criarem coragem e terminar com essas anomalias.
Durante a sua abordagem, Adalberto Costa Júnior, voltou a condenar a atitude do governo ao privilegiar de forma continuada a Omatapalo e Grinner, duas empresas que facturaram, mais de 5 mil milhões de dólares norte-americanos, em contratação simplificada.
“Os intérpretes das nossas instituições sabem disso e devem fazer mais pelo país e devem ganhar consciência crítica e devem intervir com coragem. Devem perder o medo, tornarem-se cidadãos conscientes que participam na vida pública e isso significa, recusar servir um interesse menor e abraçar o interesse da Nação”, observou ACJ.
O líder partidário, desafiou ainda a Procuradoria-Geral da República, a ter coragem de publicar os valores em espécie que foram repatriados para Angola, pela iniciativa do governo, por aplicação de leis porque para este, os números que são divulgados não passam de pro pagamento e publicidade.
“Os números que têm sido anunciados são valores do fundo soberano de Angola. Aposto que não há saldo positivo. Que a PGR e o Governo de Angola façam avaliação de entidade independentemente do valor do pátrio recuperado para ver se tem mesmo os ganhos que têm sido anunciados”, desafiaram.
O IGAE, segundo avança, deve apresentar também o seu relatório publicamente, com verdade e transparência, resultando deste acto uma enorme acção reguladora, visto que “é urgente acabarmos com o protecionismo para os mais fortes e a justiça para os mais fracos”.
Para o presidente da UNITA, precisa-se igualmente de uma despartidarização dos meios de Comunicação social que nos últimos tempos, tem servido como um instrumento de propaganda do partido no poder.
“O governo tem mostrado muita indisponibilidade em aplicar as reformas necessárias para este país, tendo sido a Covid-19, um grande escape para um regime, cujos governantes não respeitam o seu povo. Em Angola não há só a covid, há o MPLA também como um problema a combater”, considerou.