O julgamento dos manifestantes, detidos no último sábado, 24, prossegue hoje, sexta-feira, 30 de Outubro, a quinta sessão com a audição dos restantes 36 cidadãos, no Tribunal Provincial de Luanda (Dona Ana Joaquina).
Um dos advogados de defesa, Laurindo Sahana, disse que os atrasos devem-se por problemas de organização, sendo que alguns detidos, até a presente data desconhecem os crimes pelos quais estão a ser acusados.
Uma fonte próxima do processo, confirmou para este informativo que boa parte de cidadãos já ouvido não participava da manifestação, cujas detenções ocorreram aleatoriamente devido à perseguição policial de alguns manifestantes que se refugiaram nalgumas localidades arredores do acontecimento.
De acordo com outro advogado de defesa, Jugolfo Afonso, em exclusivo aos Jornalistas, no processo não tem nenhuma prova que evidencia a participação de nenhum réu nos factos de desobediência, ofensas corporais e danos ao património público, crimes que estão a ser julgados.
“Estamos a produzir e discutir as provas “que não existem”. A sentença só será dotada no fim do processo”, referiu Jugolfo, respondendo que, como advogado não deveria antecipar as coisas, porque nesta altura ainda estão a discutir e a produzir provas, quando questionado sobre se o Tribunal esperava por ordens superiores para libertar os cidadãos.
Vale recordar que, os referidos manifestantes em julgamento, detidos no último sábado, 24, de Outubro, foram acusados de terem cometido 3 crimes de ofensas corporais e 4 crimes de danos patrimoniais, nomeadamente uma viatura, uma tenda fiscal e 2 motorizadas, conforme temos vindo a noticiar.