África: Angolana Josefa Sacko “reeleita para mais quatro anos na União Africana”

Única representante lusófona na comissão da União Africana, Josefa Sacko foi reeleita para mais quatro anos à frente da pasta da agricultura, economia azul e ambiente, segundo informação avançada por Luanda.

“Em nome do executivo e no meu próprio, tenho a honra de felicitar a senhora Josefa Sacko, pela sua eleição para o cargo de Comissária Africana para Agricultura, Desenvolvimento Rural, Economia Azul e Ambiente Sustentável”, adiantou o Presidente da República de Angola, João Lourenço, em comunicado.

Fonte diplomática adiantou à agência Lusa, Josefa Leonel Correia Sacko ultrapassou largamente dois terços dos votos necessários para a reeleição dos 55 estados-membros da União Africana, cujos Chefes de Estado e de Governo se encontram reunidos hoje e domingo em cimeira.

João Lourenço felicitou igualmente Wilson de Almeida Adão e Pascoal António Joaquim, eleitos respetivamente como membros do Comité Africano de Peritos sobre os Direitos e Bem-Estar da Criança e do Conselho Consultivo da União Africana sobre a Corrupção.

“Regozija-nos saber que cidadãos nacionais mereceram avaliação positiva pela sua competência e elevada qualificação para exercerem cargos de grande relevância em prestigiados organismos internacionais”, considerou o chefe de Estado angolano.

No comunicado, João Lourenço expressou votos de que os três eleitos “desempenhem com brio e elevado sentido de profissionalismo” os cargos para que “dignifiquem as qualidades dos quadros angolanos”.

A engenheira agrónoma e diplomata Josefa Leonel Correia Sacko foi durante os últimos quatro anos comissária para a Agricultura e Economia Rural, a que se juntam no próximo mandato a Economia Azul e o Ambiente, de acordo com a reestruturação da Comissão da UA, que passou de oito para seis comissários.

A nova comissão, a primeira a ser eleita após o processo de reforma da UA iniciado em 2016 sob supervisão do Presidente ruandês, Paul Kagamé, foi escolhida através de um novo sistema baseado no mérito, mas respeitando também critérios de género e de representação regional.

Para a presidência da comissão, foi reeleito o antigo primeiro-ministro e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros do Chade, Moussa Faki Mahamat, que se recandidatou sem oposição, sendo a vice-presidência ocupada pela economista e vice-governadora do Banco Central do Ruanda, Monique Nsanzabaganwa, eleita com 42 votos.

O zambiano Albert Muchanga foi também reeleito para comissário do Desenvolvimento Económico, Comércio, Indústria e Minas, tal como a egípcia Amani Abou-Zeid, que renovou o seu mandato como Comissária das Infraestruturas e Energia.

Nova liderança 

O Presidente da República Democrática do Congo (RDC), Félix Tshisekedi, assumiu oficialmente a liderança da UA no sábado (06.02).

Tshisekedi recebeu a passagem de testemunho do chefe de Estado da África do Sul, Cyril Ramaphosa, numa cerimónia que decorreu num formato misto presencial e virtual.

A diplomacia cabo-verdiana foi uma das principais entusiastas da candidatura do Senegal à presidência da União Africana, com o ministro dos Negócios Estrangeiros cabo-verdiano, Rui Figueiredo Soares, a manifestar a expectativa de que a escolha do Senegal possa beneficiar a integração regional do arquipélago.

“O Senegal é um parceiro próximo de Cabo Verde, com quem temos relações excelentes, o Presidente Macky Sall tem dado muito apoio à política de integração de Cabo Verde e será uma boa experiência e uma boa notícia para Cabo Verde”, disse Figueiredo Soares, antes de conhecida a escolha.

O Senegal irá suceder na presidência à República Democrática do Congo (RDCongo).

 

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