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África: Ex-ministro Manuel Augusto chefia “missão de observação às presidenciais na República do Congo”

O antigo chefe da diplomacia angolana Manuel Augusto vai liderar a missão de observação eleitoral da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL) às presidenciais na República do Congo, este domingo, anunciou hoje o Governo de Angola.

“Angola chefia a missão de observação eleitoral para as eleições na República do Congo na sua qualidade de Presidente em Exercício da CIRGL”, segundo um comunicado divulgado hoje pelo Ministério das Relações Exteriores (Mirex).

A cerimónia de lançamento oficial da missão de observação eleitoral e apresentação do seu chefe, embaixador Manuel Augusto, decorreu hoje na capital da República do Congo, Brazzaville, com a participação do ministro das Relações Exteriores angolano, Téte António, de acordo com a mesma nota.

O governante angolano encabeça uma comitiva que se deslocou à capital congolesa esta sexta-feira e que integra também o embaixador Miguel César Domingos Bembe, diretor da Direção África, Médio Oriente e Organizações Regionais (DAMOOR), entre outros altos funcionários do Mirex.

“A comitiva angolana, que se deslocou a Brazzaville, cumpre uma missão e responde ao convite do Governo da República do Congo à Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos para enviar uma Missão de Observação àquele país, com vista a acompanhar as eleições presidenciais”, de acordo com a mesma nota do Mirex.

Mais de 2,5 milhões de eleitores são chamados este domingo a eleger o Presidente da República do Congo, e Denis Sassou Nguesso deverá ser, sem surpresas, legitimado a juntar mais cinco anos aos 36 que acumula no poder.

Sassou Nguesso enfrenta seis adversários, cujas candidaturas foram validadas pelo Tribunal Constitucional, há apenas um mês (17 de fevereiro).

O chefe de Estado, Sassou Nguesso, tem vencido todas as eleições desde 2002.

As eleições presidenciais de 2016, ainda que as mais disputadas e apesar de fortemente contestadas, não só foram exceção, como tiveram como epílogo a condenação a 20 anos de prisão em 2018 de dois candidatos – Jean-Marie Mokoko e André Okombi Salissa – por “comprometerem a segurança do Estado”.

Com 77 anos, e depois da reforma constitucional em 2015, em que apagou da ‘Magna Carta’ a limitação do poder a dois mandatos presidenciais, Sassou Nguesso tem o caminho livre para se manter como chefe de Estado até 2031, quando cumprirá 88 anos.

 

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