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“África não pode depender de ajudas humanitárias” — Presidente da União Africana (UA)

O Presidente em exercício da União Africana (UA), Macky Sall, afirmou que o continente africano, com os seus recursos naturais e humanos, não pode permanecer como uma zona dependente de assistência humanitária.

O também Presidente do Senegal falava na cerimónia de abertura da cimeira de Chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA), nesta sexta-feira, na cidade de Malabo (Guiné Equatorial), com a participação do Chefe de Estado angolano, João Lourenço.

Ao discursar no encontro, que analisa questões ligadas à situação humanitária e à conferência de doadores, Macky Sall apelou à união dos líderes africanos, para o desenvolvimento de África.

“Continuaremos unidos, fortes e determinados para garantir o progresso, paz, liberdade e justiça social do nosso continente”, referiu o Presidente em exercício da União Africana, que enalteceu os esforços dos parceiros das agências humanitárias na assistência das populações do continente em situações de vulnerabilidade, face aos conflitos armados, ainda latentes em África, e às alterações climáticas.

Ao discursar na sessão, na qualidade de anfitrião, o Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema, considerou a situação humanitária uma “realidade insuportável” que influencia o desenvolvimento dos países africanos, há muitos anos.

Segundo Teodoro Obiang Nguema, o continente, com todas as suas riquezas e matérias-primas, não pode continuar no subdesenvolvimento.

Defendeu que os líderes do continente devem assumir com responsabilidade o seu desenvolvimento, sem qualquer pressão externa.

Disse que os fundadores da União Africana entenderam que a organização constituía uma entidade política unitária, com responsabilidade própria, sem depender dos critérios e hegemonia das potências do mundo.

Por sua vez, o sub-secretário-adjunto da ONU para os Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, “considerou uma mais-valia o projecto de criação da Agência Humanitária Africana, para dar respostas imediatas à situação de emergência nos países do continente”.

Em representação de António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, Martin Griffiths informou que a ONU vai prestar todo apoio necessário à Agência Humanitária Africana.

“A Agência Humanitária Africana será um actor importante nesta nova acção, para poder combater a fome e catástrofes naturais”, disse o responsável da ONU que lamentou a situação “chocante” vivida na região do corno de África e do Sahel.

A cimeira termina ainda hoje.

 

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