Amnistia Internacional (AI) organiza vigília em Lisboa (capital portuguesa) pelas “vítimas de violência policial” em Angola

A Amnistia Internacional (AI), organização não-governamental de defesa dos direitos humanos — vai realizar, no próximo dia 11 de Julho, uma vigília defronte à Embaixada de Angola em Lisboa, com o propósito de reiterar o seu apelo à justiça para as vítimas de violência policial em Angola.

De acordo com um comunicado emitido pela Amnistia Internacional (AI), datado de 30 de Junho, a vigília será uma continuação do apelo urgente para o respeito pleno dos direitos à liberdade de expressão, de associação e de reunião pacífica, por parte das autoridades e pelo próprio governo angolano, sendo que “estarão presentes activistas angolanos, assim como serão apresentadas mensagens das famílias das vítimas”.

“A libertação de Tanaice Neutro deve servir de agente para a mudança, impulsionando uma revisão abrangente das leis e práticas que impedem o exercício livre dos direitos humanos e liberdades fundamentais em Angola. É por isso que dia 11 de Julho voltamos às ruas, para instar o governo angolano que o único futuro possível é aquele que permite que diversas vozes e opiniões floresçam no país”, afirma Paulo Fontes, o director de campanhas da Amnistia Internacional Portugal, citado no comunicado.

 No mesmo documento, a Amnistia Internacional (AI) sustenta que, ao longo dos últimos anos, “documentou um padrão preocupante de detenções arbitrárias, intimidação e assédio, perpetrado pelas autoridades angolanas contra pessoas que se atreveram a denunciar violações de direitos humanos, corrupção e injustiça no país”.

A 10 de Junho, o presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, anunciou a criação de um grupo de trabalho que deverá, juntamente com as organizações da sociedade civil angolana, encaminhar às instâncias internacionais de justiça um dossier, em forma de denúncia, com os mais de 170 assassinatos envolvendo efectivos da Polícia Nacional, ocorridos entre 2017 e 2023.

Adalberto Costa Júnior anunciou que, na ocasião, que “o Grupo Parlamentar e o Governo-Sombra da UNITA, assessorados pelos mais valiosos quadros da área do direito e justiça do partido e em contacto com a sociedade civil, deverão tomar em mãos a tarefa de organizar um exaustivo dossier sobre o assunto”.

“Este relatório será encaminhado, como denúncia, às mais altas instâncias internacionais de justiça; sem prejuízo de que seja remetido aos tribunais nacionais”, prometeu o líder da oposição em Angola.

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