Angola: “A UNITA vai para o Mundo da alternância política em 2022” – Dorivaldo Manuel

UNITA – AONDE VAIS COM APOIO DO POVO EM 2022?
Responder esta pergunta, talvez seja fácil para um político, um militante, membro ou aderente do partido político UNITA, ou qualquer cidadão movido pela sensibilidade das acções da vida política angolana. Já para um Cientista Político ou qualquer cientista social que entende sobre “relação da representação política de inidentidade, psicológica e legitimação de autoridade política (Martins, 2008), penso que a resposta também seria tão fácil, mas muito emocionante se só dizer que “A UNITA VAI PARA O MUNDO DA ALTERNÂNCIA POLÍTICA EM ANGOLA EM 2022” , sem antes elevar uma abordagem previsional e prospectiva sobre o posicionamento de um povo ou grupo representado, que é capaz de, psicologicamente, atribuir por meio de uma atitude eleitoral aos representantes uma certa autoridade política e diante de um contexto inesperado sentir a necessidade de tirar a mesma autoridade.
 
Meus amigos! Angola, esta República com 6487 Km de fronteira, é um país soberamente adolescente que caminha paulatinamente para fase adulta. Neste país, desde 1975 a UNITA sempre mostrou ser um a priori movimento político e a posteriori partido político apologista da democracia com o seu fundador e dos poucos ereté políticos que conheço em Angola, o Jonas Savimbi, que se aliou ao bloco capitalista com EUA, factos ideológicos que após 1945 a história mundial testemunha. Deste modo, paralém ou sem querer ignorar a história, permitam-me aconselhar, não presionalmente, mas prospectivamente a UNITA, tendo em conta que o “passado é a razão do presente”, mas é sobre o presente como razão do futuro, que neste manancial, textualmente, existimos.
 
Decerto, conforme se observa no presente e tentando olhar para o futuro, não há mal nenhum ver a sociedade a apoiar um partido tal como a UNITA, como disse o teórico da Ciência Política MAURICE DUVERGER em sua obra <<Sociologia Política>>, os partidos políticos se fundamentam em uma solidariedade geral, têm como objectivo com exercício do poder fazer deputados, ministros e assumir o governo. Porém, no sistema político angolano este é o desejo ou desafio de todos partidos e coligação de partido e a UNITA desde 1992 sempre luta para conquistar este poder, todavia, olhando para o desafio que se pretende nas eleições de 2022 surge um problema, que trará consequências a UNITA no futuro como também enriquece a UNITA no presente, vejamos:
 
_ Em Angola com a dinâmica da democracia electrónica muitos estão
a conceber a escassez da representação fiduciária ou o mal sentido da representação por relação psicológica do governo liderado pelo partido MPLA. Deste modo, esta democracia tem influenciado a formação de várias plataformas ad OC, isto é, através da influência da democracia electrónica há vários grupos em Angola ou povo, que estão a cooperar para levar a UNITA no poder, sem descurar que esse impulso dado a UNITA só resulta através do carisma que se entende sentir e atribuir ao político de sorte ADALBERTO COSTA JUNIOR. Reteme-se que é de sorte, porque os grupos da sociedade civil que lhe ajudam fazer campanha para liderar a UNITA, sáo os grupo que lhe apoiam para ser Presidente de Angola, essa qualidade não é mera, pois é de sorte, porque se não fosse sorte, o povo também daria com a mesma força ao ereté político ABEL CHIVUKUKUCO quando lutou para pôr 16 deputados na CASA-CE em 2012. Por que não apoiaram este tal como apoiam Adalberto Júnior? …
 
A resposta desta pergunta é menos importante agora e não cabe a mim? Pois, o mais importante é pressupor que os jovens ou grupos que funcionam em rede para apoior a UNITA geram um novo fenómeno para ciência política Angolana, é claro que fazem por apatia do partido MPLA, por ser o governo coligado com o Tribunal Constitucional que através do acórdão 700/2021 anulou o congresso da UNITA que elegeu o político de sorte Adalberto Costa Júnior. No entanto, não creio que possa haver dúvidas que o povo (ou grupos da sociedade civil) que apoia a UNITA está ultrapassar os limites científicos, se buscarmos teorizar:
 
_ O QUE É UM PARTIDO?
_ O QUE FAZEM OS MEMBROS E MILITANTES DO PARTIDO?
_ QUEM MANDA OU DECIDE NO PARTIDO?
_ QUEM ESCOLHE O CANDIDATO DO PARTIDO?
Ou mesmo podemos ainda questionar nos meandros da teoria dos Movimentos Sociais e Acção Colectiva:
 
_ O QUE FAZEM OS GRUPOS DE PRESSÃO E INTERESSE?
_ QUAL É A RELAÇÃO DESTES GRUPOS COM OS PARTIDOS?
_ SERÁ QUE DEVEM INTERFERIR NOS ASSUNTOS DO PARTIDO OU SÓ DEVEM INTERFERIR NAS DELIBERAÇÕES DO GOVERNO E PARLAMENTO?
_ SERÁ QUE ESSES GRUPOS DEVEM FINANCIAR AS ACTIVIDADE DE UM PARTIDO DE MASSA?
 
As questões levantadas merecem respostas plausíveis e serão muito bem desenvolvidas num artigo científico, assim, é importante salientar que todo partido de massa tal como a UNITA obedece características científicas, e umas das características dos partidos de massa como disse e bem MAURICE DUVERGER em 1980 é o financiamento compartilhado entre os membros do partido, significa que em nenhuma parte do mundo é cientificamente conceptualizado que é o povo que financia actividade do partido político e manda ou decide no partido tal como verificamos em Angola por determinadas consequências sentidas e talvez justificáveis pelos grupos apoiantes. Ora, apesar desse fenómeno novo, também é importante salientar em forma de conclusão que o comportamento ou o apoio dos grupos apoiantes possa gerar consequências a UNITA, por isso, o contributo na qualidade de Cientista Político que elenco para o partido da questão assenta nas seguintes razões:
 
  • 1° _ É importante que a UNITA tome nota que o povo que financia a actividade de um partido e leva o mesmo partido no poder por meio do voto é o povo que em determinadas eventualidades possa deslegitimar e desautorizar a autoridade deste partido;
  • 2° É importante que o político de sorte Adalberto Costa Júnior prepare-se psicologicamente, porque, se for presidente, terá de aguentar a pressão de um povo culturalmente imediatista, e aí saberá que nem todo apoio é apoio para sempre;
  • 3° _ É importante que a UNITA anote que caso conseguir o poder em 2022, o povo que manda ou decide o que o partido tem que fazer é o povo que excessivamente manda o governo.
  • 4° É importante anotar que não basta receber apoio do povo para chegar ao governo e se regozijar com este apoio incondicional, é necessário ficar cônscio que o povo que não governa é o povo que não sabe e nem sempre entende as dificuldades que possam impossibilitar uma governação em 5 anos.
  • 5° _ É importante saber que estando no governo com o MPLA na oposição o sistema político estará mais tenso e novos grupos de pressão e influenciadores de manifestação permanente surgirão para determinar que o passado é a razão do presente, isso não desejamos, mas é inescapável.
 
Já para concluir o que não sei se podemos chamar de assessoria ou opinião assente numa análise da política a seguir, desejo que haja sempre motivações no sistema político, que os grupos de acção colectiva ajam com base as suas características ou inovações de comportamentos, e que haja um caminho aberto para a UNITA com Adalberto, de modo que em 2022 como é o desejo do povo exerça uma representação política em que a função de controlo popular, função de liderança e de manutenção do sistema político seja uma realidade fortalecedora da democracia, que em Angola está em desenvolvimento.
 
Bem haja a todos!
Se desta forma não estou a ser patriota,
Saibam que sobre patriotismo e nacionalismo não entendo nada, ENSINAM-ME.
 
Dorivaldo Manuel DORIVAL, Politólogo
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