Angola: Candidatos a professores denunciam “violência policial” e ameaçam voltar às ruas de Benguela

Candidatos com notas positivas no último concurso público para o acesso ao sector da Educação em Angola, realizado há já vários meses, dizem ter sido vítimas de violência policial, em Benguela, numa manifestação contra a sua exclusão realizada no fim-de-semana. Polícia Nacional aconselha manifestantes a apresentar queixa-crime.

A Polícia Nacional (PN) sugere que os agredidos apresentem queixa.

As denúncias apontam para detenções e ferimentos, mas os mais de 100 candidatos, com resultados superiores a 10 valores, prometem continuar com protestos pelas ruas da cidade capital.

O objectivo, para lá do ingresso imediato, “é garantir vagas na função pública por via dos próximos concursos, à imagem de uma experiência no sector da Saúde, que priorizou técnicos de enfermagem com positivas em concursos anteriores”.

A luta pelo sonho de um dia ensinar começou com uma série de complicações.

“A partir da concentração os policiais começaram a reprimir a marcha, depois levaram os subscritores sem motivos. Tem feridos, muitos detidos, não sabemos o porquê, nós escrevemos”, denuncia um dos manifestantes.

Outro candidato a professor falou em violações de direitos consagrados na Constituição da República.

“Foi às ruas um grupo de mais de cem pessoas, enquanto outros colocavam dísticos nos táxis para massificar a campanha. Houve agressão, violaram os nossos direitos”, revela outro.

Sem entrevista gravada, o porta-voz do Comando Provincial da PN em Benguela, Ernesto Chiwale, disse que alguns jovens foram levados a uma unidade policial e postos em liberdade e realçou que o grupo foi aconselhado a apresentar queixa pelas supostas agressões.

 

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