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Angola: Carta Aberta à “Presidente do Tribunal Penal Internacional (TPI)”

FRENTE REVOLUCIONÁRIA PARA À INDEPENDÊNCIA SOCIOLÓGICA E INTEGRIDADE DA LUNDA-TCHOKWÉ (FRISILT)
 
À
 
Sua Excelência Presidente do Tribunal Penal Internacional
(TPI)
 
HAIA/HOLANDA
 
Assunto: COMUNICAÇÃO PRÉVIA.-
 
Excelência;
Em primeiro lugar temos a elevada honra em pedir as nossas sinceras desculpas por importunar o vosso precioso tempo de trabalho dedicado ao organismo que V/Excelência dirige desejando-vos uma óptima saúde na companhia de todos que juntos labutam.
 
Excelência;
Servimo-nos desta para informar e repudiar todas as acções maléficas do executivo angolano, que visa extinguir a etnia Lunda-Tchokwé e transforma-la em pó, visto ser a única que possuem riquezas que sustenta os interesses dos angolanos e dos seus aliados.
 
Excelência;
Indo concretamente ao assunto em epígrafe, como temos estado apelar aos signatários da conferência de Berlim, ocorrido em 1884/85, onde Portugal afirmou ter assinado os acordos de Protectorado com régulos Lunda-Tchokwé, antes da conferência de Berlim, onde todas as nações envolvidas no processo concordaram com esta pretensão de Portugal assumir este peso, embora outra parte do império ficou com outros países por questões de interesses comuns, decorridos 146 anos, sem que Portugal, se pronunciasse e face ao silêncio que se verifica, os descendentes deste povo, na posse de provas documentais tem feito as suas reclamações quer de forma directa e indirecta para que Portugal entrega o império a quem de direito.
 
Excelência;
Esta posição tomada pelos filhos do império tem criado um mal-estar dos crioulos que por ironia do destino governam Angola em detrimento dos verdadeiros angolanos, que a luz dos acordos de Alvor chegaram a um entendimento com os governantes Luso, que na altura havia feito o golpe de estado em 25 de Abril de 1974, onde Portugal, por causa da ganância vendeu o império à Angola.
 
Excelência;
Há mais de três décadas, os filhos do império têm estado a reivindicar a sua autodeterminação juntos de Portugal como entidade moral à quem cabe intervir junto das nações unidas que reconhecem Angola como território cujo espaço territorial onde exerce a sua soberania não lhe diz respeito.
 
Excelência;
Uma vez as nações unidas estão induzidas em erros por parte de Portugal, embora alguns estados europeus dominam o dossier, por cá o executivo angolano liderado pelo senhor João Manuel Gonçalves Lourenço, tem optado em assassinatos constantes da população que reivindica o seu direito.
 
Excelência;
Neste preciso momento, se encontram em prisões arbitrárias vários filhos do Império, além dos que têm sido mortos secretamente em prisões por via de torturas e espancamentos sem qualquer defesa dos direitos humanos, das Igrejas e dos partidos políticos.
 
Excelência;
Neste contexto, além daquilo que aconteceu ou está acontecer na vila do Cafunfo, no próprio município do Kuango, 10 cidadãos foram baleados dos quais 4 foram dados como mortos e seis se encontram em perigo de vida alegando todos serem pertencentes aos movimentos de Protectorado.
 
Excelência;
Na qualidade da entidade que joga um papel preponderante sobre violações dos direitos do homem o T.P.I, não pode ficar indiferente quanto a nossa situação. Neste momento na capital angolana, está sendo perseguido todos os filhos Lunda-Tchokwé, com detenção do Eng.º José Mateus Zecamutxima, por parte do SIC, onde o seu Advogado não foi autorizado a ter um contacto directo com o seu cliente.
 
Excelência;
Nós temos estado constantemente apelar o bom senso junto de Portugal, para se encontrar uma saída, já que o assunto depende das autoridades portuguesas.
 
Excelência;
Como o executivo angolano, está a fazer caça ao homem e optando pelas forças das armas, neste caso todos os cidadãos vão pegar em armas para em legitima defesa defender as suas vidas e do seu povo, uma vez existe um abandono total da Comunidade Internacional.
 
Excelência;
Esta é a única via que achamos ser a mais ideal por não termos uma outra saída senão a via armada, para que o executivo angolano, respeita a nossa dignidade e as vidas do nosso povo.
 
Excelência;
Esta é a decisão que saiu da última reunião do auto comando da FRISILT, que foi transmitida a todas as frentes político ou militar.
 
Excelência;
Esta nossa posição é extensiva a toda a Comunidade Internacional e amantes da liberdade dos povos oprimidos.
 
Excelência;
Para terminar auguramos votos de boa compreensão e de esperança.
 
Os nossos melhores cumprimentos!
 
Lunda, 15 de Fevereiro de 2020
 
A FRISILT
 
 
 
 

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