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Angola: CNJ quer 411 milhões de kwanzas para trabalhar

Mais de 400 milhões de kwanzas são necessários para o pleno funcionamento do Conselho Nacional da Juventude, disse ontem, em Luanda, o presidente daquela organização.

Falando no final de uma audiência com os deputados da 7ª Comissão da Assembleia Nacional, Isaías Kalunga considerou “irrisório” os 10 milhões de kwanzas previstos na proposta do Orçamento Geral do Estado (OGE) 2021.

“Dez milhões nem chegam sequer para pagar a dívida de 29 milhões de kwanzas do mandato anterior. Este valor, sem querer menosprezar, é para realizar uma ou duas actividades. Assim, estamos a matar indirectamente a instituição”, disse, visivelmente indignado. Por isso, pediu um incremento de 411 milhões de kwanzas para manter funcional os 18 conselhos provinciais, 164 conselhos municipais e outras organizações da juventude.

Outra das preocupações levantadas durante o encontro com os deputados foi a questão das instalações do CNJ, que actualmente funciona num espaço arrendado no antigo edifício do Ministério da Comunicação Social, na avenida dos Combatentes, que, em breve, será entregue ao Banco de Comércio e Indústria (BCI).

Isaías Kalunga revelou ter recebido uma proposta do Ministério da Juventude e Desportos para o CNJ ocupar umas instalações nos Ramiros ou no Estádio Nacional 11 de Novembro, mas recusou por considerar “inadequadas e sem quaisquer condições” para albergar o CNJ.

Promoção do auto-emprego

Questionado sobre os programas gizados para promover o emprego no seio da juventude, Isaías Kalunga destacou a aprovação, na primeira reunião ordinária da direcção  do CNJ, do programa juvenil de apoio à produção nacional. “Este programa foi criado com vista a proporcionar o auto-emprego dos jovens nos sectores da Agricultura, Pecuária, Aquicultura e Pescas. Prevê-se a criação do auto- emprego para mil jovens por município”, disse.

O programa, explicou, já está a ser implementado na província do Bengo, onde foi lançado a 3 de Outubro, e, em breve, será a vez do Cuanza-Sul, Cuanza-Norte e Malanje. Há três meses no cargo, Isaías Kalunga disse já ter visitado sete províncias para fazer o levantamento dos problemas dos conselhos provinciais, nesta altura sem nenhum apoio do Governo.

Revitalização da instituição

Os deputados da 7ª Comissão da Assembleia Nacional recomendaram ao CNJ um trabalho profundo para a revitalização do movimento associativo juvenil no país, a adopção de uma postura de desconcentração e de diálogo com as instituições e com a juventude.

Os parlamentares lançaram ainda um desafio ao CNJ no sentido de massificar o desporto e as artes cénicas nas comunidades.  O vice-presidente da 7ª Comissão, Vunda Salucombo, disse que estão solidários com o CNJ e, provavelmente, algumas verbas do Ministério da Juventude e Desportos serão direccionadas ao CNJ.

 

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