O comandante-geral da Polícia Nacional de Angola defendeu hoje a necessidade de dar passos concretos na implementação do policiamento de proximidade, para trabalhar na antecipação e prevenção e ações criminosas.
Arnaldo Carlos discursava na abertura das festividades alusivas ao 46.º aniversário da Polícia Nacional angolana, marcado com uma palestra sobre “A Polícia Nacional de Angola e o seu Contributo no Combate à Corrupção e Impunidade”.
Segundo Arnaldo Carlos, o êxito das missões de manutenção da ordem e tranquilidade públicas requer a conjugação de esforços de todo o efetivo da corporação, que deve primar por elevados níveis de profissionalismo, abnegação, organização e disciplina, mantendo um alinhamento perfeito com os órgãos de defesa e segurança da administração da justiça, igrejas e sociedade em geral.
“O policiamento de proximidade que pretendemos vai além da alocação de patrulhas apeadas no interior dos bairros e de reuniões dos conselhos comunitários de segurança. Sobre esta matéria, devemos trabalhar com o comando superior na organização de um encontro sobre os vários modelos de policiamento de proximidade existentes, a fim de aprendermos as experiências de sucesso em outras realidades”, disse.
Para o comandante-geral da PNA, este é o caminho para uma polícia moderna “que deve dar o necessário salto qualitativo, passar de uma polícia essencialmente reativa para uma polícia proativa, que assenta numa estratégia de prevenção primária”.
Arnaldo Carlos frisou que é prioritário apostar na formação contínua do efetivo para a garantia de um eficiente combate à criminalidade, o que implicará a adequação do sistema de formação policial.
“É urgente elevarmos a qualidade de ensino nas nossas escolas de formação policial, consolidando a vertente operativa e teórica, sem descurar o aspeto patriótico que se traduz no amor à pátria e cultivo das suas tradições, o que pressupõe aqui referir a necessidade da criação da Cátedra de Educação Patriótica nas Escolas”, referiu.
De acordo com Arnaldo Carlos, é preciso valorizar e potenciar mais as escolas da polícia, frisando que a corporação precisa de “polícias competentes, verdadeiramente profissionais e, acima de tudo, honestos e educados”.
“Precisamos também de agentes menos arrogantes, mais disponíveis a ajudar quem solicita”, frisou.
Sobre a luta contra a corrupção e impunidade, o comandante-geral da PNA disse que a polícia constitui uma força essencial associada aos esforços do executivo angolano neste desiderato, tanto a nível externo assim como interno.