A comunidade Khoisan na província do Cuando Cubango está a ser proibida a ter acesso aos frutos silvestres a base da sua dieta alimentar diária, que se encontram em regiões ocupadas alegadamente por entidades ligadas ao poder que querem transforma-las em fazendas comerciais agrícolas. Problema regista-se também na Huíla e Cunene, diz director-geral da organização não governamental Mbakita.
A denúncia foi feita pelo director-geral da organização não governamental Mbakita.
Os Khoisan são uma minoria étnica descendentes dos habitantes orginários do sul de África antes da chegada dos Bantus e seguem uma tradição nómada.
De acordo com Pascoal Baptistiny, as limitações que se observam nas localidade de Mbala Txavo no Katuiti preocupam a organização por afectarem a vida dos Khoissan, acrescentando que militares e fiscais proibem os membros da comunidade dfe recolherem frutos nessas zonas.
“Os Sans neste momento estão numa situação quase que encalhada porque os generais ou os indivíduos ligados ao poder político ocupam extensões e extensões de terra e as demarcam”, disse acrescentando que “colocam militares armados com a ordem de proibição e, os Sans não podem circular naquele território”.
Batistini afirmou que acontece também no Cunene e na Huíla, onde há muitas limitações “para os Sans terem acesso aos frutos silvestres”.
O director-geral da ONG Mbakita informou, por outro lado, que já contactou dirigentes locais que não têm respondido às preocupações.
“Nós já chegamos de contactar um dos ministros que agora é governador, nós apresentamos a preocupação das comunidades: olha as comunidades estão assim, assim estão sem alimentos, precisam do apoio do ministério, assim, assim ,assim. A resposta foi: `para nós Governo de Angola não são prioridades as minorias étnicas`. Numa audiência foi assim”, afirmou Pascoal Baptistiny.