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Angola: Conselho de Ministros (CM) aprova “medidas para mitigar” riscos do conflito entre Rússia e Ucrânia

A Comissão Económica do Conselho de Ministros aprovou, nesta terça-feira, medidas de política a serem implementadas por Angola para mitigar os impactos negativos resultantes do conflito armado entre a Rússia e a Ucrânia.

De acordo com o Memorando aprovado durante a reunião ordinária da Comissão Económica do Conselho de Ministros, orientada pelo Presidente da República, João Lourenço, apesar de o conflito estar a impactar positivamente na economia nacional, com o aumento do preço do barril de petróleo no mercado internacional, o mesmo acarreta implicações negativas.

Tais implicações estão relacionadas com o risco de encarecimento das importações de bens essenciais de amplo consumo, com destaque para alimentos e matérias-primas, o risco de redução dos fluxos de entrada no país de investimento directo estrangeiro, sobretudo no sector diamantífero, área em que a Rússia é um dos principais investidores.

Nesta senda, para a mitigação dos impactos referidos, “a Comissão Económica aprovou um conjunto de medidas de política a serem implementadas nos domínios da gestão das reservas internacionais, do sistema financeiro, da infra-estrutura tecnológica e segurança cibernética”.

Foram, de igual modo, traçadas medidas de política para os sectores da agricultura, da infra-estrutura de apoio à produção agrícola, dos recursos minerais e da área da diplomacia.

Sobre o assunto, o ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano, defendeu a necessidade de uma abordagem mais “acelerada” sobre a produção de bens agrícolas e pescas, assim como a melhoria das infra-estruturas.

“Estamos a tomar medidas para que possamos nos munir de inputs para o sector produtivo. Estamos a falar dos fertilizantes e em alguns casos de cereais, para aquilo que é o défice da produção nacional em relação ao consumo”, explicou.

Acrescentou que está-se a identificar mercados onde o país possa tem um rápido acesso a esses produtos, além das medidas do aumento da produção, com a reestruturação do Programa de Apoio ao Crédito (PAC).

 

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