O crescimento económico de Angola está dependente da melhoria do sistema de educação e das instituições estatais, disse o economista e professor universitário angolano Alves da Rocha.
O economista falava sobre a actual situação económica e perspectivas para o ano agora iniciado, tendo sublinhado que tendo em conta o ano de 2020 o país encontra-se em recessão há seis anos o que deixa Angola com um longo caminho a percorrer para a recuperação.
“Uma recessão deixa muitos problemas estruturais que demoram tempo a serem ultrapassados”, disse o economista.
Alves da Rocha fez notar que há decadas que o país diz querer diversificar a economia e melhorar o desempenho do estado se quer qualquer resultado.
Muitos programas de intervenção, como os programas de apoio ao crédito de ataque ao desemprego jovem não tiveram grande sucesso.
“Temos o vício de pincelar políticamente as coisas dizendo que se está a fazer quando o critério final são as estatisticas”, disse.
“Isso é que vai provar se os programas e políticas foram efectivos”, sublinhou.
Para Alves da Rocha a educação e as instituições são as pedras bases do desenvolvimento pelo que o governo angolano tem que apostar sériamente nisso.
“Sem educação e sem instituições não há crescimento económico, não há diversificação”, disse sublinhando o exemplo da Coreia do Sul que teve um programa de desenvolvimento da educação a 50 anos.
“A educação é a base de tudo “, disse o professor universtário acrescentando que é na melhoria da educação que “econtramos a cidadania, produtividade, competitivdade, onde se vai encontro da inovaçao e da investigação científica”.
A qualidade das instituições públicas também tem que ser melhorada para se garantir o desenvolvimento económico, disse.
O coordenador do Observatório Político e Social de Angola Sergio Calundungo defendeu a necessidade da elaboração e implementação de programas económicos funcionais e prestar maior atenção na forma como se estabelecem as prioridades para combater o fenómeno da fome e a pobreza no país.
O analista político disse que o governo tem que melhorar os seus programs de combate à pobreza e isso “tem que ser feito com programas económicos que sejam funcionais”.
“O problema não é só a quantidade de dinheiro dedicada a essa área”, disse Calundungo para quem é preciso ver “como aplicamos prioridades no combate à pobreza”.
“Quando olho para as prioridades e o recursos e as comparo com a realidade sinto que há uma discrepância”, disse Calundungo que recordou que 2021 é o ano pré-eleitoral, por isso os desafios políticos serão maiores sobretudo para o actual governação de João Lourenço.
Este ano o presidente que subiu ao poder prometendo mudanças terá de apresentar evidências das promessas eleitorais feitas nas últimas eleições de 2017 e procurar convencer os seus mais directos detractores, disse Sérgio Calundungo