Angola: “Dívida externa pública” sobe para 50.132,5 milhões USD

Dívida pública externa aumentou, no primeiro trimestre deste ano, para 50.132,5 milhões de dólares, contra os 50.127,4 milhões do mesmo período de 2020 e face aos 50.114,5 milhões de dólares registados no quarto trimestre do ano passado. 

De acordo com o relatório da balança de pagamentos e posição do investimento internacional, publicado pelo Banco Nacional de Angola (BNA), a dívida externa bruta situou-se em 68.003,6 milhões de dólares no primeiro trimestre do corrente ano, contrariamente aos 67.248,2 milhões de dólares do quarto trimestre de 2020, representando um aumento de cerca de 755,5 milhões de dólares.

A China e o Reino Unido figuram entre os principais países credores do endividamento público, com cerca de 68,8% do valor total, seguidos por organizações internacionais.

No período em análise, também houve redução do investimento directo líquido, fixando-se nos 138,4 milhões de dólares face aos 1.034,2 milhões do trimestre precedente. O resultado negativo é justificado com o “aumento dos passivos inerentes aos investimentos efectuados no sector petrolífero, ou seja, da redução no nível de recuperação do investimento deste sector pelos investidores estrangeiros.”

“Os fluxos do investimento directo estrangeiro que ingressaram no país durante o período em análise situaram-se em 1.643,7 milhões de dólares, dos quais 90,0% corresponde ao sector petrolífero. Do lado das saídas, importa realçar a recuperação de investimento do sector petrolífero, ao atingir 1.778,9 milhões de dólares, contra 2.815,2 milhões de dólares do trimestre anterior”, pode ler-se na publicação do BNA.

Os Estados Unidos da América, França e o Reino Unido figuram entre os países de origem dos investimentos no sector petrolífero, enquanto os Emirados Árabes Unidos, Alemanha e a África do Sul do sector não-petrolífero.

Relativamente às importações, neste período, registaram uma redução na ordem de 4,8%. Foi observada na maior parte das categorias de produtos, com realce para os veículos, os bens alimentares e as aeronaves e embarcações, que tiveram uma redução de 81,2 milhões de dólares, 79,3 milhões de dólares e 42,9 milhões de dólares, respectivamente.

“Já as exportações estiveram positivas, graças ao aumento do preço do petróleo, já que o volume das exportações de petróleo bruto passou de 104,1 milhões de barris para 97,9 milhões de barris, aumentando as receitas para os 6.038,3 milhões de dólares no primeiro trimestre de 2021, contra os 4.653,8 milhões de dólares do quarto trimestre do ano anterior”.

A China manteve-se na liderança dos principais países de destino das exportações, com uma quota de cerca de 70,3%, seguida da Índia e da Singapura com 8,8% e 4,7%, respectivamente.

Entre os produtos mais exportados, o petróleo foi seguido pelo gás, com 6,1%, diamantes, 4,2%, e refinados de petróleo, com 1,1%.

 

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