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Angola: Economia angolana vai crescer entre “0,7% e 1,1% este ano”

O departamento de estudos económicos do Standard Bank Angola reviu em alta a perspetiva de evolução da economia angolana, estimando um crescimento positivo do Produto Interno Bruto (PIB).

“Considerando o desempenho até agora, estamos agora a rever as nossas previsões, atualizando os cenários que apresentámos em janeiro, antecipando que o crescimento da PIB para 2021 passe a ser positivo, entre 0,7% e 1,1% no cenário base e no mais otimista, fazendo com que Angola saia da recessão de cinco anos”, lê-se na nota enviada aos investidores, e a que a Lusa teve acesso.

Na análise à economia angolana, o Standard Bank ainda admite a possibilidade de uma recessão este ano no cenário mais negativo, “que assume números mais baixos para a produção e os preços do petróleo, que fariam o PIB continuar em território negativo, com uma contração de 0,7%”.

Para os analistas do Standard Bank liderados por Fáusio Mussa, “todos os cenários apontam para um crescimento positivo no próximo ano, apoiado nas poupanças orçamentais, um desempenho melhor do kwanza e um abrandamento da inflação, que permite um aumento da procura num contexto pré-eleitoral”.

Apesar das condições de pandemia, lê-se ainda na nota de análise que “a perspetiva para a evolução da moeda angolana é mais positiva, apoiada na recuperação global dos preços do petróleo, medidas de alívio da dívida externa, financiamento adicional por parte do Fundo Monetário Internacional” e várias medidas na política monetária.

O Standard Bank considera que “os progressos nas reformas estruturais e o ambicioso programa de exportações, bem como uma melhoria nas reformas sobre o ambiente empresarial, deverão diminuir a dependência de Angola do petróleo”, mas alerta que “um investimento substancial na economia não petrolífera, incluindo a infraestrutura pública, será necessário para uma transição sustentada para uma economia mais diversificada”.

O Governo de Angola, na revisão do orçamento para este ano, estima um crescimento próximo do zero, ao passo que o FMI, cujo programa de financiamento termina no final do ano, aponta para uma expansão económica de 3,2%.

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