Segundo á VOA, Economistas e empresários angolanos manifestaram o seu descontentamento com o Orçamento Geral de Estado (OGE) para 2021 aprovado na segunda-feira, 14, na Assembleia Nacional, embora haja entre quem diga que face às realidades económicas e financeiras é o único possível.
O Odocumento foi aprovado, uma vez mais, com todos os votos do MPLA e da FNLA, enquanto a UNITA votou contra e abstenção da CASA CE e PRS.
Em jeito de letura do OGE, o economista e empresário Carlos Padre diz que a sua classe está desgastada com os orçamentos aprovados que não vão ao encontro dos anseios e planos das pessoas.
Padre considera que o país está parado e o OGE não tem nenhum impacto nas suas necessidades e ambições.
“Isto reflecte a opinião dos empresários de uma maneira geral”, diz, afirmando que “já não encaramos com esperança os OGE porque o impacto na sua realização é zero, ficam sempre aquém do previsto”.
“Os homens de negócios estão agastados e desanimados”, acrescenta o empresário
Damião Cabulo, outro economista e empresário, entende que após 45 anos de independência “nunca tivemos um orçamento consensual e a justificação é sempre amesma: o orçamento possível e não o desejado”.
“Primeiro era a guerra, depois o preço do petróleo e agora a desculpa é a covid 19”, afirma.
Mas há quem olhe para o OGE com alguma esperança como é o caso do consultor económico Galvão Branco, para quem o orçamento poderá criar a possibilidade de uim impacto positivo em sectores sensíveis, como a educação, saúde e assistência social.
“Parece-me o orçamento possível. sobretudo na formação de receita fiscal, não há grandes alternativas”, afirma.
O OGE para 2021 dedica à educação e saúde 12,5 por cento, enquanto o serviço da dívida abarca a maior fatia.