A Convergência Ampla de Salvação de Angola-Coligação Eleitoral (CASA-CE), oposição, considera que foi vítima de um golpe eleitoral sem precedentes, movido por uma máquina da fraude”, nas eleições passadas onde não elegeu deputados, e garante que continuará a lutar por um Estado democrático.
O colégio presidencial da Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE) diz que, apesar dos resultados negativos das eleições de 24 de agosto, vai continuar a “bater-se de cabeça erguida a favor do Estado democrático e de direito e da realização plena e efetiva de Angola e dos angolanos”.
A coligação presidida por Manuel Fernandes refere, em comunicado hoje divulgado, que as lideranças dos quatro partidos coligados reafirmam a sua confiança no atual líder, que foi o cabeça de lista nas quintas eleições gerais angolanas.
A CASA-CE, que na legislatura 2017-2022 contava com 17 deputados, não elegeu deputados para a nova legislatura (2022-2027) na sequência das eleições de 24 de agosto, ou seja, perdeu todos os lugares no parlamento.
Segundo o comunicado, a situação interna da agremiação política esteve em análise na terça-feira, ocasião em que o colégio presidencial decidiu adiar para 15 de outubro a reunião magna do seu conselho consultivo nacional, “por imperativo de ordem organizativo”.
O Tribunal Constitucional (TC) proclamou o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e o seu candidato, João Lourenço, como vencedores das eleições de 24 de agosto, com 51,17% dos votos, seguido da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), maior na oposição, com 43,95%.
Com estes resultados, o MPLA elegeu 124 deputados e a UNITA 90 deputados, quase o dobro das eleições de 2017.
O Partido de Renovação Social (PRS), a Frente Nacional para a Independência Total de Angola (FNLA) e o estreante Partido Humanista de Angola (PHA) elegerem dois deputados cada.
A CASA-CE, a Aliança Patriótica Nacional (APN) e o P-Njango não obtiveram assentos na Assembleia Nacional, que na legislatura 2022-2027 conta com 220 deputados já investidos nas funções.
A coligação, criada em abril de 2012 por Abel Chivukuvuku, congrega cinco partidos, nomeadamente o Partido Aliança Livre de Maioria Angolana (PALMA), Partido de Apoio para Democracia e Desenvolvimento de Angola — Aliança Patriótica (PADDA-AP), Partido Pacífico Angolano (PPA), Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA) e o Partido Democrático para o Progresso da Aliança Nacional de Angola (PDP-ANA).