Os familiares do estudante assassinado em Luanda, na dia 11 de Novembro, numa manifestação popular, dizem estarem dependentes da realização de um exame médico forense para a materialização do funeral de Alberto de Matos, tal como nos diz Alfredo Miguel Matos pai do malogrado: “para a realização do funeral estamos condicionados a algum procedimento referente ao exame médico forense” disse.
O pai do estudante acusa também as instituições que deviam garantir a realização da justiça de serem coniventes, ao assassinato de Alfredo Miguel Matos e apela ao Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço a se pronunciar em torno do assassinato do seu filho.
Recorda-se que recentemente o pai do estudante de 26 anos, Alfredo Miguel Matos, antigo combatente das Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA), braço armado do MPLA na luta pela independência, disse que o filho não foi morto a tiros, mas sim pela tortura da Polícia Nacional (PN) e exige justiça: “Pelo que vimos, ele foi assassinado pela polícia, o meu filho não foi baleado, mas vê-se que foi torturado pela polícia”, afirmou Matos.
Por outro lado, os estudantes da Universidade Agostinho Neto (UAN) queixam-se de estarem proibidos de prestarem homenagem ao malogrado Inocêncio de Matos.
Uma nota da Reitoria da UAN diz que apenas a Faculdade de Ciências, onde Matos estudava, “está autorizada a realizar o acto de solidariedade”, mas “todas as demais unidades orgânicas ficam assim impedidas de tal acto”.
A nota proíbe ainda os estudantes de se trajarem de preto ou de realizarem um minuto de silêncio.