Angola: Governo de João Lourenço (Já) recuperou “5 biliões de dólares” no combate à corrupção

O Estado angolano recuperou, até agora, no âmbito do combate à corrupção, activos avaliados em mais de 5,3 mil milhões de dólares, dos quais 2,7 mil milhões em dinheiro e o restante repartidos em imóveis e títulos, revelou o vice-governador provincial de Benguela para o Sector Técnico e Infra-estruturas.

Adilson Gonçalves, que falava, quinta-feira, na abertura da conferência provincial sobre o papel da PGR e da IGAE no combate à corrupção no seio entre efectivos das forças de Defesa e Segurança, disse que, desde 2018, mais de 1.500 processos foram investigados pelos órgãos judiciais, alguns dos quais já julgados, o que possibilitou a recuperação daqueles activos.

Lembrou que “o Executivo, ciente de que a corrupção abala os alicerces de qualquer sociedade, lançou, há mais de três anos, um conjunto de reformas, visando o combate àquele fenómeno”.

A estratégia nacional de combate à corrupção, esclareceu, visa a articulação e actuação conjunta de órgãos e entidades públicas e privadas que trabalham com a fiscalização, controlo e diligências, como forma de aperfeiçoar o combate aquele crime.

Adilson Gonçalves caracterizou a corrupção um “fenómeno universal, de efeitos nocivos ao desenvolvimento sócio-económico de qualquer país, que mina a confiança dos servidores nas instituições”. Disse tratar-se de “um fenómeno que deve ser prevenido e combatido”, o que “implica uma abordagem abrangente, integrada e articulada, com o envolvimento de toda a sociedade”.

Informou que “o país continua a fazer parte de mecanismos internacionais, bem como trabalhar para a institucionalização de um conjunto de reformas nas instituições angolanas para que a prevenção e o combate à corrupção seja mais eficaz”.

O delegado provincial do Ministério do Interior, Aristófanes dos Santos, salientou que, no período de 2020/2021, a instituição identificou, instruiu e encaminhou aos órgãos de justiça 21 processos que envolvem efectivos das forças da ordem em actos ilícitos. No mesmo período, disse, houve 25 detenções, demitidos 10 agentes e seis que foram alvo de sanções disciplinares.

 

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