O Partido de Renovação Social (PRS) sugeriu ao Governo angolano o alargamento do prazo do registo eleitoral oficioso para além do dia 31 de Março, data prevista para o seu término. PRS e UNITA falam em processos longos e premeditação.
O terceiro partido da oposição com representação parlamentar alega persistir “um atendimento deficitário” nos Balcões de Únicos de Atendimento ao Público (BUAP), segundo o seu secretário-geral em conversa com a VOA.
Rui Malopa diz que o ministro da Administração do Território, Marcy Lopes, não concordou com a proposta do PRS e, em contrapartida, terá atribuído aos partidos políticos a responsabilidade por mais mobilização dos seus apoiantes para o registo.
“O factor determinante tem a ver com o tempo de espera para o atendimento do cidadão, que passou de cinco para de 20 a 30 minutos de espera, o que faz com que o cidadão perca a vontade de se registar uma vez que tem o seu negócio à espera”, explica.
A reclamação do PRS juntou-se a de outros partidos da oposição como é o caso da UNITA, cujo secretário-geral, Álvaro Chicuamanga, disse recentemente à VOA que a desorganização que se regista no processo “é premeditada”.
Entretanto, o diretor do Instituto Angolano de Sistemas Eleitorais e Democracia (IASED), Luís Jimbo, afirma não ser aconselhável qualquer sugestão de alargamento dos prazos para o registo eleitoral oficioso.
“Não aconselhamos e também não é adequado para o registo civil que estamos a fazer’‘, defende aquele responsável associativo para quem “a responsabilidade pela actualização do registo é do eleitor.
Jimbo sustenta “ser desnecessário dilatar os prazos tendo em conta as consequências financeiras e do próprio processo eleitoral que tem prazos para se realizarem determinadas actividades”.
As eleições gerais em Angola estão previstas para Agosto.